Louquética

Incontinência verbal

domingo, 30 de maio de 2010

Uma Noite Com Camisa de Vênus


Nunca vi tanta gente de minha geração como no show do Camisa de Vênus: a UEFS toda parece que estava lá, isto é, nós, os que entramos na Universidade no meio dos anos 90.
Cheguei só e em pouco tempo estava ali atualizando conversas com gente que eu não via há muito tempo. E como o tempo não é sempre generoso, vi gente que eu já quis dar uns amassos se transfigurar em tristes caricaturas da velhice.
Vi meus amigos saudosistas, percebendo o peso da idade e relembrando as transgressões: Duda, nos tempos de Belzeblues, afrontando o reitor e os diretores de departamento que reclamavam do barulho da banda lá no módulo V, impedindo as aulas do noturno; nossas viagens para Canudos, para Rio de Contas, sempre com um doido - quase sempre Duda, que era de Economia mas vivia com os sequelados de História - a tirar as calças no meio do ônibus, a perturbar o povo, para ninguém dormir, a rir quando a polícia parava o ônibus devido à balbúrdia ou a visíveis fumaças de cigarros de cannabis sativa que o povo queimava até à última ponta...
Ele me disse que a filha dele tem 15 anos, agora: ele tem medo do tempo, fala dos cabelos brancos e se apega a um tempo anterior. Brinco com ele, digo que agora temos 15 anos duas vezes! ele prefere os 20.
Acho que foi uma sorte não ter feito graduação em Letras antes: se eu já era careta, comparecia às viagens e às doideiras sempre sob a vigilância do primo ou de alguém de História que gritava: "Mara, namoro só dentro do clã!" (a saber, os colegas de História não gostavam que a gente pegasse os caras de Geografia), imagine se eu cursasse uma graduação careta e heterofóbica como Letras?
Pelo menos em História tinha homem. Tinha maconheiro que não acabava mais, um bando de sequelados, mas tinha a Quinta Dionisíaca, tinha jogos no D.A., tinha umas pegações, tinha festa, sarau e outras coisas do gênero em que se pode dar fluência aos hormônios. Em Letras tem o que?
Como aluna e como professora do curso de Letras, devo dizer que o público deste curso é quieto, nunca promove uma Choppada (deve até ter medo do nome), não tem time de esporte algum (eu, pelo menos, torcia pelos Gregos - do meu curso; via o É bola e os times de Engenharia com seus nomes engraçados...e ainda nadei e joguei vôlei um pouquinho.
Ainda bem que inventaram umas festinhas específicas, tudo certinho e arrumadinho, com data certinha e bonitinha, que é o Forró e outras pequenas ocasiões de que me esqueço agora. Aliás, temos uma Faculdade de Letras que se intitula Universidade - e isso faz diferença, porque não há outro curso por lá...os que têm são apêndices do Governo, para outros públicos que não se relacionam com estes.
Vi que meus ídolos envelheceram: mais parecem os Stones. Ah, meus velhinhos roucos e tatuados...também deve sentir saudades da glória da juventude, das doideiras, do sucesso...felizes por terem público cativo e por saber que influenciaram nossa infância e nossa adolescência.
Só hoje em dia eu me dou conta da inocência com que eu cantava: "...que ficava excitada quando pegava na lança" - ah, Joana D'Arc!
Voltei de pés doendo de dançar, passei o sábado toda lerda, porque dormi pouco por conta de um carro de som que me acordou às 09h da manhã...pelo menos acabei de acabar meu trabalho da disciplina-mala do doutorado e acabei de cumprir uma das mil obrigações morais que tenho que dar conta com minha orientadora...ah, vida difícil!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Meu ponto fraco


Pegaram meu ponto fraco, hoje: estou aqui mais atolada do que uma carreta em estrada de barro, cheia desta porcaria deste trabalho sobre Platão...um treco que não acaba nunca! e ai, hoje à noite tem show do Camisa de Vênus aqui em Feira.
Adoro estudar. Gosto mesmo e sou responsável. Odeio fazer porcarias acadêmicas.
Adoro festas. Não bebo, não fumo e não vejo graça em sair para me entupir de comida e ficar contemplativamente sentada. Adoro estudar e adoro festas, mas nem sempre dá para conciliar.
Poxa, claro que eu vou, custe o que custar!e por falar em custar, custou bem pouco - eu já comprei e foi apenas R$ 10,00. Em 2003 eu fui a este mesmo show e paguei R$ 25 ,no Aeroclube. E olhe que é a comemoração dos 30 anos da banda - e eu que sou louca por rock and roll, vou!
A
O Camisa de Vênus revolucionou a linguagem musical do rock and roll - isso sem contar que em meio ao suposto processo de abertura política, os grandes ditadores da radiodifusão bloqueavam a passagem e a divulgação da banda. Mas, naqueles tempos a Rádio Itapoan Fm era outra coisa - eu era criançola, gente, mas em 1983 eu já cantava, eu já curtia e achava o máximo - "Tudo sob controle"!
Os caras desfaziam o mito da democracia da cidade de Salvador e mostravam a "cidade do axé, a cidade do terror", fazendo os bambambans da política ficarem de cabelo em pé...viva a heresia política!
Mas, no meu caso, problema é a ressaca moral de amanhã.
Para ir à festa eu vou largar o trabalho no ponto em que está, não vou concluir e vou ficar na festa só pensando no dia de sábado, já que devo volta na madrugada e passar a manhã inteira dormindo.
Aí, meu sábado será socada em casa, sem pensar em festa, sem cinema e etc., depois de certamente passar a tarde no supermercado, porque amanhã é dia de fazer compras, dia de trazer ração de cachorro e de gato, dia de organizar a vida doméstica. Então, morro de dor-de-cotovelo porque não vou sair e porque tenho "os cambaus A4" para ler.
E não é só ler: tenho que escrever, tenho que organizar a droga do artigo para a Revista da Federal Fluminense e terminar o pior trabalho do mundo para a disciplina chatéska.
Tenho compromissos em todos os dias da semana que vem e, de quebra, a horrível obrigação de levar este artigo, de entregar para avaliação na disciplina...aí tem outro círculo de apertos em vista. E se na terça à noite eu não estiver com cara feliz e disposta, minha insignificante vida sexual-afetiva vai estar à beira do colapso, porque tenho uns compromissos íntimos neste dia. Bem, desses eu não reclamo. E adoro um delivery!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Pelo amor de Eros


Estou ficando esperta: após concluir que quando eu tenho um sonho bom sempre me aparece um empecilho, um barulho, uma coisa qualquer que me desperta e me priva do prazer do sonho, tenho deixado tudo desligado e, no mínimo, meu celular fica no silencioso. E não é que deu certo? acordei no melhor humor do mundo, feliz,sorridente e disposta.
Já nem vou longe nas teorias do sonho porque já discuti isso demais. Basta-me, por enquanto, lembrar que se dormimos com sede, sonhamos com água; se dormimos com fome, podemos sonhar com comida e se bate vontade de ir ao banheiro a gente sonha se aliviando das opressões e, para alguns, o sonho se concretiza respingando na roupa de dormir.
Então, aleluia, sonhei com um rapaz lindo, maravilhoso, gostoso, loirinho, atlético e com o irmão dele que, no caso, se parecia muito com ele. Ah, que sexo bom!
Desde 29 de janeiro eu não sei o que é sexo. Como não sou lá de muitas hipocrisias, desmanchei uns namorinhos recém iniciados porque não rolou empatia sexual entre mim e o candidato.
Esse é um enorme dilema para mim:até que eu conheço gente, de vez em quando, mas cozinho a situação e até chegarmos no sexo já transcorreu um bom tempo.
Daí, quando o sexo é ruim tenho que cozinhar ainda mais a situação, para o cara não saber que eu estou caindo fora porque não combinamos sexualmente.
A vida na horizontal pesa muito para mim.
Já gostei de alguns caras e me doeu muito terminar porque o sexo era ruim - aí a gente tem que sublimar e ver se dá para levar à frente. Bem, amor não é tudo, nem sexo é tudo. Mas não dá para decidir entre os dois, mesmo que eu afirme e ache que sexo sem amor pode dar super certo.
Intimidade conta muito! você se sentir à vontade com o outro e confiar seu corpo àquela pessoa é fundamental para as coias darem certo.
Intimidade que te deixa à vontade e sem vergonha de nada; confiança para experimentar ou, simplesmente para optar pelo "simples". Bem,a propósito, adoro a simplicidade no sexo: ter o outro corpo ao alcance do seu, ao alcance do abraço e da boca...muito bom! e sexo genital, estou fora: não dá para ficar com alguém que acha que sexo é só "coisa na coisa".
No meu sonho, o meu loirinho era muito competente, parecia que tinha o mapa das minhas zonas erógenas, parecia que me conhecia há anos (o homem a quem eu mais amei era assim: compatibilidade sexual total. Sinto falta desta parte. Foi lindo ter sexo com alguém que eu amava e ao mesmo tempo me dava tudo que eu precisava...eu achava que aquilo nem era real!é tão incrível que a gente não acredita).
Não sonho muito com gente conhecida. Nem sei direito o que é isso , mas não me lembro de ter me inspirado em nenhum cara que eu conhecesse de verdade para essas coisas. Então, talvez os meus tipos sejam mesmo idealizados, se bem que fisicamente eu assumo que o meu tipo de homem, fisicamente falando, é o paulistano (paulista da capital, como eu - isso é que é projeção, hein?)
Mas ali estavámos: meu lorinho e eu, num amasso sonso e gostoso, com ele mordendo meu pescoço e me deixando arrepiada e feliz. O resto é não vou contar, mas dá para deduzir.
Acho que foi minha melhor noite de sonho neste ano. E que saciedade! Paradoxalmente, uma saciedade que desperta novamente a necessidade. Se eu encontrasse um homem assim na vida real, ora, não vou negar: "Quando bate fica"! Que me perdoem os outros homens, principalmente aqueles que não têm sex appeal.
Alguns homens falam aquela grosseria contra as mulheres, dizendo a teoria do violino. Eu, rebatendo, digo que para estes a gente aplica a teoria da vassoura - é, eu acredito na teoria da vassoura. Que horror, né? gaste os seus neurônios, menina, vá pensando na tal teoria - é, aquela que eu colocaria no pára-choque, se eu fosse caminhoneira: "Homem é como vassoura: sem XXX, não serve para nada!" - deduziu, não é?
Ah, ser politicamente correta nestes casos é um negócio muito difícil: sorry, honey, gosto de know-how, de fôlego, de tamanho, de habilidade...e gosto dos branquinhos, de altos, de gente limpa e cheirosa e não suporto pânceps (barriga, mano!), detesto grosseria, gosto de cabelos (ah, cabelos lisinhos ou flocadinhos como de um gato).
Tem um cara bem próximo, arrogante, intolerante, metido, antipático...bom, ele está me dando mole (ah, já pensou no antônimo, né?eu também...esse negócio de dar mole faz a gente pensar no duro!). Bonitinho, até, mas antipático - lá da UFBA, um exemplar raro, um remanescente heterossexual. Estou pensando - levando em conta, de novo, que em tempo de guerra urubu é galinha.
Ele ficou todo derretido para o meu lado quando surpreendeu uma conversa minha com um amigo da UNEB, lá no corredor do PPGLL da UFBA, bem no momento da expressão "aglomerações sexuais" - ah, ele voltou da porta da sala, ele nunca mais parou de me olhar, ele inventa pretextos para estar perto de mim...coitado, deve ter imaginado tantas coisas, sem saber que eu sou de brincar mas não de cometer - menos por falta de coragem do que por falta de oportunidade.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

De medroso e de louco todo mundo tem um pouco


Eu já senti medo de viajar de avião. Claro, eu nunca tinha viajado de avião neste tempo, mas confesso que odeio decolagem - tenho medo mesmo!
Divago na constatação de que no céu não tem semáforos, nem placas indicando perigos, direções, velocidades...aí "uma analista amigo meu" vem explicar que quem tem medo de avião precisa se tratar - esse meu medo era normal, da apreensão. Não se sentir totalmente seguro é outro caso bem normal. Mas o meu medo estava relacionado ao fato de que eu me fixava em perder o controle, estando à mercê dos outros.
Ah, não dá para gritar para os comissários de bordo: "Pára, que eu quero descer nesta próxima nuvem!".
Tenho medo de poucas coisas nesta vida, como de águas volumosas, por exemplo.
Andei de ferry-boat há 800 anos atrás, mas Deus me livre.
A mim não interessa viagem por águas - fiz até Tatiana se prestar a um percurso de quase duas horas até Niterói, só para não pegar a porcaria da balsa, da lancha ou de qualquer outra embarcação, mas nada de águas profundas!
Tenho medo de trânsito: sou uma pedestre prudente e paciente e sou uma motorista medrosa.
Se eu estou na pista e aparece um carro de porte, principalmente carretas, eu congelo.
Quando estou no Aborhecence Golden Plus Mega Bus que me leva a Xique-Xique, sempre acordo (nas raras vezes em que durmo) quando estamos na curva dos precipícios. Motoristas tendem a acelerar nas curvas, sempre.
Percebo que não durmo não só por medo de acidentes, mas parece que eu prefiro ver as tragédias que me acomtem, prefiro encarar a morte e os perigos. Foi assim com o assalto por que passamos há dois anos: eu sempre atenta.
Todos os acidentes sempre acontecem nos mesmos lugares, apesar das advertências.
Já parou para pensar por que alguns trechos de estrada se tornam conhecidos como sendo perigosos ou por registrarem altos índices de acidentes? ora, por que poderia ser? porque todos os motoristas se sentem desafiados pelas advertências e todos cometem os mesmos erros nos mesmos lugares, principalmente,aceleram nas curvas, utilizam alta velocidade e adoram fazer ultrapassagens desnecessárias em trechos críticos porque esse negócio de ficar para trás está por fora.
Em motocicletas é engraçado: acidentes com mulheres são mínimos. Nós nos equilibramos melhor em duas rodas do que em quatro!
Contudo, onde eu trabalho é assim: capacete é um negócio de usar no cotovelo. Capacete e cinto de segurança são encarados como sendo algo que favorece ao Governo, não à vida do imprudente que está dirigindo. Ah, meu São Caetano (Veloso): "Baiano burro, nasce, cresce e nunca pára no sinal..." e "Motos e fuscas avançam os sinais vermelhos/e perdem os verdes, somos uns boçais". Tá explicado?
Outros medos: tenho medo de passageiros esquizofrênicos.Sim, passageiros. De gente comum esquizofrênica, em situação normal, eu sei correr, sei fugir.
Imagino sempre o pior tipo de esquizofrênico: um daqueles portadores da esquizofrenia, um bem paranóide, que comece a gritar no ônibus ou que perca a paciência, bata à porta do motorista e tente tomar o volante ou que, simplesmente, aterrorize a gente.
Os medos não nascem espontaneamente: eles vêm de vários lugares, vão se criando ora por questões simbólico-imaginárias de teor psicanalítico, ora a apartir de experiências prévias. Os meus vêm de tudo que já vi enquanto fui militar: quem vê cara não vê esquizofrenia; quem vê acidente de trânsito sabe que alguém errou ali.
Na universidade, convivi com 04 esquizofrênicas numa mesma turma - aí você só percebe quando a pessoa tem o seu acesso de mania de perseguição e quando se torna megalomaníaca.
Não tem louco humilde: todos são o próprio Napoleão, têm muitas posses e muitos poderes e sempre algumas vozes contam a eles que eles são deuses...poucos são dóceis e poucos parentes sabem que convivem com pessoas que têm este tipo de patologia.
Loucos de pedra já saíram da moda faz tempo e loucura mesmo as pessoas fazem para obter fama e dinheiro. Se até eu sou louquética, o que mais não podem acontecer, não é? mas louquética é um adjetivo que minha tia inventou e eu gostei, achei a minha cara e nunca fiz questão de ser normal, mesmo. Ah, esta minha tia trabalhou no manicômio daqui de Feira por trocentos anos!então, tem a ver.
Tenho umas amigas desequilibradas tarja-preta e outras esquizofrênicas. A irmã de uma delas teve um surto e subiu na minha casa para se pendurar no fio de alta tensão - esquizofrênica, histérica e criada sob a forte pressão da Igreja Adventista, de uma mãe opressora e de um pai nulo (aproveito e recomendo: se é seu caso, vá ao blog Heresia Loira: vale a pena!). A estrutura familiar fala por si só! aí, tudo bem, tarja-preta para controlar o negócio.
Vou enlouquecer com este ensaio chato que tenho a entregar e que estou apenas na primeira página - motivos para pirar todo dia a gente tem.
Quer enlouquecer um homem na cama? use uma camiseta de candidato a vereador, ponha uma touca na cabeça, daquelas que um dia foram uma meia-calça e vá dormir ao lado dele...ou enlouquece ou morre de susto!

Todo dia ela faz tudo sempre igual...


Coincidentemente, o mês de maio foi todo marcado, para mim, por questões sobre trabalho. Agora é que estou reparando que maio não representa no meu imaginário o Mês das noivas...é, cada um com as suas neuras!
Inicio, então, uma outra contagem regressiva: é que com a renovação do meu contrato preciso ter em mente que agora o tempo corre e concorre para a finalização dele e é preciso que eu não esqueça aqui o que Marla me dizia: é temporário. Sim, tem prazo de validade e se eu não me cuidar, daqui a uns meses viverei todos os dilemas e dificuldades deste momento de novo.
Mas, confesso: estou tão cansada! mas, cansada de tudo - fisicamente, emocionalmente, cansada da rotina das viagens, cansada porque encarei um seminário cansativo e mala hoje, na UFBA...Ufff!!!imagine o que é falar de Tácito e do Diálogo dos Oradores, com aquelas contradições internas, com 05 questões formuladas pelo professor, com um texto em espanhol (ora, toda semana é em inglês!), com um professor neo-zelandês que é cortês e gente fina, mas que fala um Português cruel?! Imaginou? agora me diga se dá para ser normal?!
Para piorar: como minha fila sempre anda em círculos, eu estava/estou de flerte com Dexter, estou morta de vontade de ver aquele ser humano e, justamente hoje, eu saí para a UFBA e deixei o celular em casa.
Ao chegar, havia 300 ligações e mensagens dele, que pretendia ir me encontrar - claro, não houve encontro! ah, que droga!
Tenho um ensaio para entregar na terça que vem e mil coisas para ler com urgência.
Tenho que decidir se vou fazer um concurso-mala na UFBA e apostar alto num jogo de regras duvidosas e cartas marcadas e tenho que achar um tempo de curar minhas carências físicas, porque sou um ser humano e gosto de sexo. Nem sei se concilio isso tudo.
E por falar em sexo, não é que um ex-colega meu da UFS e atual colega no doutorado, está a fim do cara que eu estava a fim?ah, o menino é mesmo uma gracinha. Mas, nenhum de nós tem plena certeza sobre a orientação sexual dele.
Maldosa que sou, acho que ele é BI ou BIba...mas é interessante ver que tanto Manu quanto eu temos gostos parecidos para homens - kkk!!! olha o lado bom de ter amigos gays: paqueramos juntos! se fosse com outro amigo seria ruim, porque haveria disputas.
Eis meu cotidiano!

domingo, 23 de maio de 2010

Tomando parte da sua vida


Penso, de modo muito feliz, que você, minha amiga sempre será muito mais que uma irmã e que me orgulho de ter amor por uma pessoa tão especial e singular a ponto de perdoar o meu erro absurdo, o meu esquecimento sem perdão que me fez negligenciar o seu aniversário.
Fosse você uma pessoa qualquer, iria pensar que eu fui apenas relapsa, mas você sabe que sua existência é verdadeiramente importante para mim, que somos amigas e cúmplices, mesmo hoje em dia, quando suas duas filhas lhe obrigam a uma vida certinha, sem verões na Praia do Forte, sem campings, sem doideiras nas noites do Rio Vermelho, sem as nossas viagens conjuntas, sem as loucuras que já fizemos e sem as minhas loucuras que você testemunhou.
Ah, Jaulla, esta é a minha forma de te desejar um feliz aniversário e pedir desculpas pela minha ausência, pelo meu egoísmo, pelas tantas faltas...
Obrigada pelos muitos presentes, obrigada por ter me apresentado a Dexter (presente que eu nunca vou conseguir retribuir, não é?), obrigada por mostrar que eu adorava usar saltos e que precisava assumir minha paixão pelos sapatos, obrigada por me empurrar no consultório de Psicanálise quando as coisas não iam bem, obrigada por ajudar a tomar decisões, obrigada por você me absolver de coisas que tudo mundo condenaria, obrigada por você entender que eu fico de saco cheio de certos lugares, obrigada por me ajudar a encontrar a direção quando estou perdida, obrigada pelas vezes em que você me perdoou, obrigada por me ajudar a perdoar e pelas infinitas coisas que você já fez por mim.
Quisera eu que a 40 graus ainda existisse para a gente desidratar de tanto dançar e para a gente ficar olhando Tella se enrolando nas situações que ela se mete e de que a gente ri.
Obrigada, Jau, por ter me consolado quando eu perdi o homem que eu amava e por você me consolar durante todos os dois anos e sete meses posteriores ao término. Obrigada mesmo por me mostrar que tudo passa - e passou mesmo!
Desejo a você todas as coisas boas que você merece - prosperidade, saúde, independência, amor e segurança. E, mais que tudo, me perdoe por eu atacar seus "tarja-preta": é que você sabe que não precisa deles, sabe que a existência dói e que isso faz parte da vida, sabe que construiu seus sintomas, sabe que está se desviando das causas para pensar em sintomas.
Minha amiga, presente bom é compartilhado, eu sei: então, se prepara que tudo se encaminha para a gente compartilhar aquele presente em julho ou setembro...aí, sim, a gente comemora de verdade.
E para não esquecer do que interessa, nosso amigo Mário Quintana:
"Esses que agora atravacam meu caminho
Eles passarão, eu passarinho".
Mas este passarinho não é Coruja, viu? (que bom ter esta cunmplicidade de saber que você entendeu tudo que está nas entrelinhas)
Happy birthday, my friend!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Pequenos detalhes, grandes consequências


Fiquei bastante decepcionada pelo fato de minha inscrição na UFRB ter sido indeferida por um detalhe ridículo: um alegado erro no preenchimento do formulário de inscrição, a saber, uma parte do cabeçalho - padrão da ficha em que o nome "adjunto" deve ser substituído por "assistente".
Trata-se de um cabeçalho-padrão que muitos ignoraram precisar ser alterado, uma vez que a parte que precisa ser preenchida pelo candidato, esta sim, é explícita.
Claro que me indignei!
Se fosse por falta de documentos, incoerências no texto do requerimento ou coisas do gênero, tudo bem. Mas isso é que é ser formal e procurar pretextos.
Os recursos deveriam ser interpostos presencialmente, no prazo de 48 horas da divulgação desta bagaceira. Perdi meus 90 reais de inscrição e toda a grana empregada em xérox e etc, mas percebi que eu não teria nem tempo nem paciência para ir até lá: joguei a toalha e caí na lona: nocaute!
Para não ser ainda pior, meu salário acenou para mim: de mãos discretas, pequenas e tímidas, bem de longe, mas devido a isso, digo ao povo que fico!

O emprego e suas lições


Nestas histórias que a gente acompanha e de que ouve falar,reproduzo uma muito impotante e sarcástica, de domínio público e de senso comum, mas nem por isso menos sábia e coerente, ainda que por caminhos tortuosos. Trata-se das lições que devemos ter em mente no dia-a-dia do nosso trabalho. Eis as benditas:

Lição número um:
Um urubu está pousado numa árvore, fazendo nada o dia todo. Um coelho viu o urubu e perguntou:

– Posso sentar como você e ficar fazendo nada o dia todo?

O urubu respondeu:

– Claro, por que não?

Assim, o coelho sentou-se embaixo da árvore e ficou descansando. Subitamente apareceu uma raposa que saltou sobre o coelho e o comeu...

MORAL DA HISTÓRIA: Para ficar sentado sem fazer nada, você precisa estar sentado muito, muito alto.


Lição número dois:

O peru estava batendo papo com o touro:

– "Eu adoraria ser capaz de chegar ao topo daquela árvore", suspirou o peru, "mas não tenho força..."

– "Ora," replicou o touro, "por que você não come um pouco do meu esterco? Ele tem muitos nutrientes".

O peru bicou um pedaço de esterco e verificou que realmente isso lhe dava a força necessária para chegar ao primeiro galho de árvore. No dia seguinte, depois de comer mais uns bons nacos de esterco, ele chegou ao segundo galho. Finalmente depois de duas semanas, comendo esterco de boi, de búfalo, das zebras, ele estava orgulhosamente empoleirado no alto da árvore. Imediatamente foi visto por um fazendeiro que atirou nele...

MORAL DA HISTÓRIA: Qualquer merda pode levar você ao topo, mas não manterá você lá.

Lição número três:
Quando o corpo foi criado, todas as partes queriam ser chefe. O cérebro foi logo dizendo:

– Eu deveria ser o chefe, porque controlo todas as respostas e funções do corpo.

Os pés disseram:

– Nós deveríamos ser o chefe, porque carregamos cérebro para onde ele quiser ir.

As mãos disseram:

– Nós é que deveríamos ser o chefe, porque fazemos todo trabalho e ganhamos o dinheiro.

E assim foi com o coração, pulmões, olhos, até que chegou a vez de o reto falar. Todas as partes riram do reto por querer ser o chefe. E foi daí que ele entrou em greve, bloqueou-se e recusou-se a trabalhar.

Em pouco tempo os olhos ficaram vesgos, as mãos crisparam, os pés se retorceram, o coração e os pulmões entraram em pânico e o cérebro teve febre. No final todos, concordaram, e o reto passou a ser o chefe. Todas as outras partes, então, faziam seu trabalho, e o chefe ficava sentado e deixava a merda passar!

MORAL DA HISTÓRIA: Você não precisa de cérebro para ser chefe; Qualquer bundão pode ser!
Assim é a vida: lá vou eu aprendendo, seja por que meio for...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Tempos terríveis


Eu passei quase 07 anos completos até me decidir por cair fora daquele emprego que me matava. Mas é assim paradoxal: você acha que vive de um emprego que te mata. E foi preciso que os sintomas me pulassem à cara para eu me tocar que aquilo lá me adoecia.
Outros empregos vieram: uns pela escolha deliberada, outros pela necessidade. Quando não estava bom, eu pedia demissão - assim como nos namoros, a gente pede tempo: uma licença, um afastamento, essas coisas, até se decidir pelo fim.
Assim como nos relacionamento amorosos, tem horas em que as coisas vão mal e a gente espera que melhorem...e aí vai apostando, o tempo vai passando, nada sai do lugar...a gente pensa: trocar esse (emprego, namorado) por quem? por qual? e tome-lhe mediocridade a alimentar o que já ruiu.
Claro que dá medo! quem não tem medo do amanhã que atire a primeira pedra. Ainda mais aqueles que são como eu, que sofrem de véspera porque odeiam depender das marés.
Deus me livre de sentar a bunda parada e quieta esperando que o tempo mude.Eu sou agitada, elétrica, hiperativa...odeio estar nas mãos dos outros; odeio não ter alternativas, odeio depender...o que posso fazer por mim, eu faço. E duvido que eu pudesse me escorar em algum amparo, em algum esteio.
Aí vem a sessão dos arrependimentos, pelas oportunidades desperdiçadas, pela falta de lucidez para decidir coerentemente...agora estou moralmente amarrada.
Estou moralmente presa até o final deste semestre, porque eu não deixaria uma responsabilidade por cumprir. Eu, não! sou neurótica o bastante para ser responsável.
Lembrei dos DEUSES QUE SEMPRE FALHAM, texto tão importante dos estudos culturais, mas que de que eu só tomo emprestado o título para explicar que deixei de acreditar nos deuses de carne e osso. Vai que eles não tenham tanto poder quanto arrogam, não é?
E por outro lado, vou afirmar que talvez a grana do meu trabalho, caso chegasse agora, mudaria minha decisão, mas não a minha opinião: odeio mesmo passar 08 horas num ônibus para ir e mais 10 para voltar do trabalho.
Odeio dormir sentada, isso quando durmo;
Odeio ter apenas uma hora entre os meus turnos de trabalho para comer e tomar banho;
Odeio abrir o caminho para futuras varizes e flacidezes devido a estes péssimos hábitos. Olha, dia 14 de junho farão 03 anos dessa vida errada. Não estaria na hora de pôr um ponto final?
Volto à sabedoria de doutora Gilka: "A gente só dura num lugar o tempo em que somos úteis". O meu tempo já chegou.
Não quero voltar a ser a mulher infeliz que trabalha aos sábados, enquanto as outras vão encontrar seus parceiros, vão dançar, vão ficar em paz em suas casas; não quero esses altos preços por um bem-estar fictício...
No momento, as contas vencem, as contas me vencem, o trabalho continua e me ocupa, furtando meu tempo, minha atenção, minha sanidade, jogando com meus desesperos, me fazendo mal, muito mal...
Quem trabalha, geralmente precisa da grana correspondente. Se fosse para estar lisa, preferiria estar quieta em minha casa, estudando para concursos ou para as coisas do doutorado. Posso dizer que agora perco tempo e perco dinheiro.
Eu tenho certeza de que assisti muito mal ao filme Tempos Modernos. Ou, pelo jeito, não aprendi mesmo a lição!

domingo, 16 de maio de 2010

Todo tempo


Eu estava ali para dormir, mas sou uma pessoa atormentada pela TPM. Então, resolvi conversar com a minha dor de cabeça derivada da bendita Síndrome, para distrair um pouco a dor.
Acho que esta é uma dor que excede os sintomas mensais - ou terá a ver com os sintomas mensais financeiros?
Vi que o meu amigo está sem salário desde dezembro de 2009. Concluí que não sou melhor que ele e que o quadro fica cada vez mais feio para mim.
Tenho muito trabalho no meu trabalho. Dizem que a gente sabe quando está velho no momento em que percebe que o trabalho não dá mais prazer e quando o prazer dá o maior trabalho. Estou velha!
Não tenho prazer num trabalho que me explora - e que, claro, um iludido e um puxa-saco sempre irão dizer que lá não é pior do que nos outros lugares e que pior é no Afeganistão, onde as universidades são bombardeadas - kkk! adoro essa gente que diante de um problema apresenta uma situação correlata pior. Comparar com situações melhores ninguém quer, não é mesmo?
Estou sobrecarregada. Sem salário tudo piora. Como disse o Durval Lélis, "Só vem trabalho,/dinheiro não vem!".
Então ouço a ladainha do "na próxima semana tudo vai se resolver". E se eu não acreditar nisso em que não acredito mesmo, o Monsier Le Puchá-Sacô dirá que gente queridinha já passou mais de 6 meses sem grana. Hum, que bom saber! pelo raciocínio dele, a miséria é menor quando pode ser compartilhada. Valeu!
Estipulei o meu prazo moral que é junho.E me decidi a cair fora após o cumprimento do semestre - porque eu não me disponho a esperar 05 ou 06 meses. Não há dignidade que aguente, nem sustento que se sustente.
O tempo só me faz ficar cansada de tudo isso.
Chega!
Preciso descansar, escrever, ter prazer com o trabalho, com as obrigações...como estou a mercê do tempo, torço para ele ser generoso com as minhas necessidades.

terça-feira, 4 de maio de 2010

"Desta água não beberei"


Acho que não há decisão que nos isente de pagar um preço por ela.
Dicidir não é fácil: se pedimos uma opinião, muitas vezes queremos mais um cúmplice do que necessariamente uma ajuda.
Outras decisões são compulsórias: têm que ser aquilo. São decisões moralmente determinadas, são aquelas de que depende nossa integridade moral, nosso bem-estar psíquico, nossa dignidade.
Desta água não beberei: disse comigo mesma. E de fato, aquela água não me serve.Por que ter vergonha disso, de declinar do que nos desagrada, mesmo em face de certas necessidades? por que confundir com orgulho a salvaguarda do nosso desejo (não-desejo)? por que?
Lembrei de quando eu tinha 11 anos e morava com minha madrasta: um mendigo pediu comida, na hora do almoço e nós fomos solícitos, mas minha madrasta nunca foi uma pessoa redutível e complacente. Então me lembro que uma das filhas dela perguntou - ou o mendigo se apressou em dizer - que não gostava de macarrão.
Eu só esperei a Terra cair.
Mas a filha de minha madrasta - e não sei se ela também - diante de minha cara perplexa, disse que era isso mesmo, que tinha gente que não gostava de macarrão.
Eu julguei o provável julgamento daquela família, julguei a interpretação dada às necessidades do faminto. Se estamos com fome, qualquer coisa serve?
Não, não serve.
A admirável integridade do mendigo mostrou que ele tinha escolha, que ele tinha gosto, que não era qualquer comida que servia.
Eu já devia ter me desfeito daquela minha cara duplamente chocada, daquele meu ar de antagonista do conto de Clarice Lispector, Felicidade Clandestina, porque sei que encarnei uma criança má, ao entrar na lógica provável dos adultos dali - entendi, conforme a prática e o raciocínio da casa, que na necessidade qualquer coisa serve.
Foi uma boa decepção, moralmente válida.
Sei, hoje, que para quem está sozinho, não é qualquer companhia que serve;
Que não é qualquer emprego que serve para quem está desempregado;
Que podemos dizer: "desta água não beberei", porque não me serve. Isso, menos por orgulho do que por assumir opções.
Estou em conflito com muitas águas que não me servem e com as minhas próprias necessidades.
Há preços que não devemos pagar - custam caro demais, custam seu sono, seu bem-estar, sua consciência, sua saúde, seu prazer, seu ócio, seu orgulho, sua paz, seus dias...
Ah, e como tenho sede!

sábado, 1 de maio de 2010

No dia em que nevou no Inferno


No dia em que nevou no inferno, eu estava lá.
Silenciosamente, muitos me mandaram para lá. Eu já estava condenada há muito tempo...e já sabendo que eu teria que ir, me encaminhei para lá nesta sexta-feira.
O inferno é isso: em pleno Dia do Trabalho, que é hoje, eu tenho trabalho mas não tenho emprego e muito menos salário.
Aí o inferno me chama.
Lá fui eu: o inferno é setorial e cheio de infinitas filas, de gente mal humorada, de suores, de jeitinhos, de gente que olha para a cara da gente como se nós estivéssemos pedindo um favor.
Detalhe: se vão ao inferno, vistam-se bem!
O inferno de quem aparenta pobreza e simplicidade é bem mais cruel.
Eu, já com a cabeça cheia, antevendo as chamas das burocracias: o Diabo-Mor e a Diaba auxiliar - e quem auxilia do Diabo deveria se chamar DIABETE, assim como houve Chacrete e suas pares...
Ah, não: o Diabo não veste Prada. Se ele não é lá mal arranjado com as vestes, também está longe da elegância, apesar dos ganhos extraordinários que a seção gera. Bem, o caso é que se o Inferno não depende da presença do Diabo; estar com ele não é lá uma experiência agradável.
Vou falar em bom nordestinês: me retei! Toda vez que eu vou me inscrever em concurso é essa chatice de autenticar identidade e outros documentos. Aí resolvei fazer cópias em dobro dos documentos, para evitar estar na presença Dele por mais vezes...
Uns papéis na mão e uma idéia na cabeça, peguei, desolada, o elevador para o quarto andar. A lógica é que os desesperados se concentram nos andares anteriores, principamente, primeiro e segundos.
No corredor, uns seres humanos sentadinhos nas cadeiras destinadas para eles e algum silêncio muito esquisito.
Entrei na sala do Capeta: ninguém além do pessoal do setor.
Quase não consegui abrir a boca mas, balbuciando vagarosamente, perguntei se estavam autenticando documentos.
O Capetão disse que sim: foi solícito, prestimoso e ágil, pegando meus papéis e dando providência ao que cabia.
Ainda elogiou minha iniciativa de providenciar cópias a mais, haja vista o fluxo infernal de gente por ali, em situações normais.
Mas, o que era anormal a ponto de causar nevasca no Inferno? Véspera de feriados? turno vespertino? horário? milagres?
O Capeta disse, mediante minha pergunta, que de manhã o Inferno estava tão cheio que ele esbravejou e disse que à tarde não haveria expediente, que ele não atenderia a mais ninguém e que tinha muitos serviços internos e de seu interesse para dar conta. Isso é como dizer: o Inferno está fechado para balanço!
Aí, então, ele disse que foi isso e que eu tive sorte.
Neste país de Carimbador Maluco, conforme mestre Raul Seixas, tudo " tem que ser selado, registrado,carimbado, avaliado, rotulado" e este detalhe determina sua vida profissional, acadêmica e sua cidadania.
Você precisa provar que nasceu: Tome-lhe Certidão de Nascimento e Identidade.
É preciso provar que você não é criminoso, então, cate um Atestado de Antecedentes Criminais. E a depender, emitido pela Polícia Civil ou pela Polícia Federal.
Quer Vale-transporte, trabalhador safado? então arranje um atestado junto à Secretaria de Transportes Municipais de que seu bairro é servido de "buzão", viu, seu descarado? se não a SAEB não te paga. Ah, nem a tal Secretaria sabia o que era isso - bem arranjei o meu, bem inventado, porque tive que traçar o texto e dar o roteiro das prováveis informações;caso contrário, ganharia 0,63 (sessenta e três centavos) de Vale-transporte, como muitos.
Você morreu? Prove! Não, não precisa atravessar a parede, meu amigo fantasma, rogue a mil instâncias e dê entrada no Atestado de Óbito...até lá seus parentes também já estarão no Além...nestes casos, alguém sempre morre de raiva, no mínimo.
E agora a previsão do tempo: O clima está tenso, com pancadas de desespero na região financeira e possibilidades de temporais na zona temperada (apesar de insossa) dos relacionamentos. Máxima de 40 graus nas zonas tórridas dos romances alheios e mínimas de 3 graus abaixo de zero na frieza oriunda de certas pessoas a quem amávamos.
Um ciclone vindo na direção daquilo que você pensa que é seu trabalho continua deixando indefinida a visibilidade da situação e a instabilidade climática deve se prorrogar por até mais 60 dias.
Nuvens carregadas se desenham na área coberta pelas suas necessidades materiais, podendo ocasionar chuvas de dívidas posteriores.
Eu, que estou sempre no Inferno (astral, profissional, afetivo, existencial)tenho que comemorar a nevasca: nevou no Inferno.