Louquética

Incontinência verbal

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Pausa para reflexão

Até uns poucos minutos atrás eu estava estudando. Engana-se quem pensa que titulo de doutorado, sozinho, dá camisa a alguém: a gente fica imerso no objeto da pesquisa, vive em torno disso e aí deixa de estudar outros assuntos correlatos e na hora dos concursos, o bicho pega.
O bicho está me pegando tanto que me sinto num zoológico epistemológico. Pior: nem tudo que eu leio eu entendo; se entendo não memorizo e, cá para nós,não se vence um concurso apenas com inteligência ou domínio de assuntos.
(Falando em zoológico, eu que sou um animal mesmo!empaco como uma mula, cometo mil burrices, relincho umas besteiras...)
É preciso estratégia, memória, performance, coordenação entre exposição e exemplo, coerência e coesão verbal, articulação entre as partes do que se quer explicar escrita ou oralmente, memória, capacidade de síntese, domínio do tempo, adequação de linguagem clareza, sorte e, claro, conquistar a simpatia de quem está avaliando a gente. É tipo show de calouros: você faz sua apresentação, há favoritos e você pode ser desclassificado antes do tempo.
Cá estou levando a vida a sério, tão a sério que precisei sair do sério e acessar o MSN para falar umas futilidades gostosas sobre cabelos e sobre homens. Sim descansar a mente pensando em homens, discutindo a respeito dos homens, os possíveis e os inviáveis, mas fundamentalmente os mais bonitos.
Por isso posto as imagens dos bonitões aqui: todo mundo merece um colírio, merece 'pequenas porções de ilusão' para sonhar um pouquinho. Olha, a cidade em que eu estava teve duas paradas gays em 2012. Não é mentira! aí vocês imaginem a escassez de homem macho do sexo masculino remanescente da tribo Papachana.
Já falei: boa parte dos meus amigos são gays. Boa sorte para eles! Mas e aí, para a gente que é mulher e gosta de homem, resta o que? o ogro que nos acompanha; o casca-grossa que nos restou...É isso ou compartilhar um cafajeste - e eu aqui gastando meu latim para explicar para a minha amiga incrédula que aquele camarote de carnaval, chamado Harém, tem desproporcionalidade entre homem e mulher, tipo 05 mulheres para cada homem (eu nem sei se não é bem mais que isso), assumidamente. Ora, mas era preciso?
Bem, mas era isso que eu tinha a dizer porque pelo menos aqui, numa imagem, a gente pode matar as saudades do que outrora tenha vindo a ser um homem - espécie complicada e em vias de extinção.

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