Louquética

Incontinência verbal

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Líquido e frio


Meu Deus do Céu! Há quanto tempo eu estudo e há quanto tempo eu não tenho discernimento!
Não sei se a demora dos outros é o desejo de nem chegar ou esmero para se apresentar da melhor maneira possível;
Não sei, parafraseando Los Hermanos, 'se o esforço para lembrar é a vontade de esquecer';
Não sei onde termina a justiça e começa a vingança;
Não sei a diferença entre perdoar e ser feito de palhaço;
Não sei o limite entre a caridade e a permissão para ser explorado por outrem...Não sei. E não sei nada disso porque sei que sou uma pessoa difícil que mal consegue levar à frente um torpedo SMS cinco vezes escrito e cinco vezes descartado, porque não sei se temo que ele fira o meu orgulho ou se reconheço que já feri o orgulho dele...
Não sei o limite entre ousar, arriscar e me destruir. Ou sei. Ou só sei o que é o medo.  E por medo me tranco no esteio seguro do silêncio e da distância.
Eu, que recentemente proferi uma palestra sobre Bauman e o Amor Líquido, tratei-o com uma frieza digna dos objetos mais supérfluos e descartáveis: eu, que sei das causas e dos contextos.
Tenho, pois, dois grandes motivos de temeridade: ao estar na casa dele, após um jantar fora, praticamente saí correndo, de impaciência e raiva devido à exiguidade do tempo do sexo. Fiz isso como quem calcula as satisfações em máquina contábil: pensei que saí de casa, numa sexta-feira à noite, após um cansativo dia de trabalho e muitas despesas de deslocamento, para que os meus desejos - aliás, a satisfação da minha carne  e não somente dela - fossem deixadas para depois...
Calculei. Senti um bruta ódio educadamente disfarçado mas, talvez, não muito convincente frente a um homem inteligente. E me saí com a mais absurda das desculpas, troçando que precisava chegar em casa antes da meia-noite a fim de evitar que minha carruagem virasse abóbora.
Amores líquidos sempre escorrem pelo ralo. Fui grossa. Mas, neste caso, também não sei o limite entre a grosseria e a sinceridade.
E depois de uma semana, passo por ele na rua e digo " Oi, tudo bem?", sem sequer parar para curtos instantes de saudações civilizadas, para qualquer coisa menos fria no trato com tenho intimidade. Bom, também obtive um grave e rouco "Beleza!" como resposta.
A gente, que se enroscou um no outro, num relacionamento indefinido com pretensões de namoro por tempo indeterminado desde a primeira semana de janeiro deste ano. Eu e R...
Contraditoriamente, ele é cavalheiro e tem posturas machistas.
Contraditoriamente tenho agido assim, entre a praticidade e a frieza, como se ignorasse a lição de Che Guevara: "Hay que endurecer, pero sin perder la ternura"...Não sou terna, nem eterna.
E depois, uma semana depois, comentei acerca da cidade para onde fui, e para onde ele sabia que eu iria - umas mal traçadas linhas em SMS...respondidas a contento, na leveza fria da urbanidade.
Sei que ambos temos culpa, mas não sei medir quem de nós tem mais culpa. Somos parecidos atém em nossos erros... E onde ninguém cede, prevalece o impasse e a distância.
Houve um tempo em que fui mais respeitosa com os homens. Ainda preciso ser, mas sei que tenho esquecido e isso parece refletir uma certa ânsia de vingança ou seria mera correspondência, uma devolutiva do tratamento recebido.
Não gosto e ser amarga nem quero ser uma mulher mal-amada, nos termos padrão da expressão. Certamente pesa nisso o quanto já fui desrespeitada...
Quis mesmo escrever para ele, mas aí coo não sei o limite entre as coisas, preferi ficar em paz, que aliás é desassossego.
O Ser se vai moldando e sendo, às vezes para além daquilo que a gente já é. Este 'ideograma'

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Depois do tempo certo...


O último dia do ano
não é o último dia do tempo.
Outros dias virãos
e novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida.
Beijarás bocas, rasgarás papéis,
farás viagens e tantas celebrações
de aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com
sinfonia e coral,
que o tempo ficará repleto e não ouvirás mais o clamor,
os irreparaveis uivos
do lobo, na solidão.

O último dia do tempo
não é o último dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida
onde se sentam dois homens.
um homem e seu cotrário,
uma mulher e seu pé,
um corpo e sua memória,
um olho e seu brilho,
uma voz e seu eco,
e quem sabe até se Deus...

recebe com simplicidade este presente do acaso.
Mereceste viver mais um ano.
Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos.
Teu pai morreu, teu avô também.
Em ti mesmo muita coisa já expirou, outras espreitam a morte,
mas está vivo. ainda uma vez estás vivo,
e de copo na mão
esperas amanhecer.

O recurso de se embriagar.
O recurso da dança e do grito,
O recurso da bola colorida,
O recurso de Kant e poesia,
todos eles...e nenhum resolve.

Surge a manhã de m ano novo.

As coisas estao limpas, ordenadas.
O corpo gasto renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está entupida de vida.
A vida escorre da boca,
lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.

(PASSAGEM DO ANO - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE)

Cinco vezes ocupada...


Por muitas vezes tive a intenção de escrever, mas não deu. Na hora das escolhas, priorizo o aspecto profissional e, neste tocante, o bicho está pegando devido às inumeráveis atividades de final de semestre.
O famoso muro das lamentações acadêmicas está aberto às queixas: quem não cumpriu o que lhe cabia, após a reprovação, responsabilizou a mim, que sou professora, o fracasso na nota. A nota é sempre um atributo do aluno, depende dele e não do meu mau humor. Poderia, sim, estar condicionado à minha suposta falta de critérios, mas tenho critério e explicito cada um deles.
Meus alunos brilhantes e queridos de Leitura e Produção de texto cometeram um plágio vergonhoso. Quando um deles foi questionado, ficou na desculpa da falta de tempo...Que pena! zero no quesito ética.
Encerrei, feliz, uma turma excelente, de Literatura VI, formada majoritariamente por alunos de Biblioteconomia e de História: ali construimos outros laços e outras relações bastante diferente da frieza comum ao Ensino Superior e, por isso, fizemos nossa festinha de encerramento, discutimos coisas, expusemos opiniões e, sim, valeu à pena.
Nunca perdi numa disciplina. Porém, sei que não é fácil.
Ontem, por exemplo, fui resolver a última pedra de um muro simbólico de que costumo falar. Saí fracassada da batalha. Ser vencida não é fácil. Qualquer expressão de nossa impotência não é fácil, seja em que contexto for.
Nunca ensinei ninguém (e tão pouco defendi) a ser um bom perdedor. Fairplay é outra coisa: é o jogo limpo; é admissão de que há alguém melhor que nós em algum fator e é preciso reconhecer as qualidades alheias bem como não desqualificar a vitória alheia. Eis o fairplay.
Depois de uma batalha cansativa, dei de cara com R., no centro da cidade. Havia já uma ou duas horas desde que caí no ringue, rendida aos perversos golpes de auto-flagelação na inútil guerra contra os ultimos escombros do muro e se há uma coisa que eu faço quando não estou bem, é andar. Andei, dei de cara com ele e o tratei com a formalidade que trataria ao menos íntimo dos viventes.
Poxa, que horror! Eu disse: "Oi, R, tudo bem?"... E ele me disse: "Beleza!", sem que nenhum de nós parássemos para cumprimentos mais dignos de namorados recém separados...
Não sou assim fria.
Devo ter provocado calafrios de pavor nele, como causei em mim mesma.
Justifico-me dizendo que eu nao estava bem, que não sabia o que dizer, que o impaco com o muro sempre me destroi, que perco o rumo...
Mas fiz isso: saí sei lá de onde, em nivel  de distância, e caminhei na direção de minha casa, porque precisava pisotear minhas angústias, meu nervosismo...E nem me ocorreu que R. se parece tanto comigo que seria óbvio que ele devolveria o comportamento que eu tivesse com ele.
Também sou assim: espero ser chamada e, se não for, não chamo; espero ser convidada, e se não for, não apareço; espero bilhetes de acesso e se eles nao existem, não transgrido e nao penetro no ambiente alheio. Coisas de arianos. Ele do dia 09 e eu do dia 12 de abril.
Tem dias que os meus defeitos caem na lente de aumento: por que cargas d'água eu tratei R. como se ele fosse qualquer um
Estou cansada e ocupada: com o semestre, com o muro que eu resolvi mexer em minhas instâncias simbólicas e com o medo que tenho de fazer escolhas erradas, se é que tenho as múltiplas escolhas que penso.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Ode à Amiga Fura-Olho


Ontem andei falando com uma amiga que eu não via há anos. Eu e minha cabeça sempre cheia de mágoas, fiquei menos empolgada que ela. Não era para menos: eu deixei que ela morasse em minha casa, sem qualquer contribuição pela hospedagem de nove meses, enquanto coisas de uso coletivo (um ferro de passar roupas, por exemplo; ou carregadores de baterias) eram trancadas por ela no guarda-roupa particular que ela pôs em meu quarto.
Isso foi há mais de uma década, eu era estudante da UEFS, vivia uma baita pindaíba e era sustentada por meu pai. Mas acolhi a pessoa que foi banida da própria família por estar de caso com o marido da irmã. Independentemente das questões morais, não iria ser eu a fazer julgamentos e por caridade, prestei o que ela mesma chamou de asilo político.
Depois ela se reestruturou, nem sempre por meios lícitos  (desviava cheques do patrão, mas nada de valores escandalosos), arranjou-se com outro homem e começou a me tratar com um imenso ar de superioridade.
Como eu era insegura e burra, acatei o mau tratamento e, numa única vez em que passei um final de semana na casa alugada por ela, discretamente recebi as indiretas para não demorar ali. Acreditei no convite, aceitei, fui e lá chegando descobri que o convite era só verbal, ela não queria me ver de jeito algum por perto.
Eu fui uma adolescente muito cabisbaixa e estava me tornando uma adulta extremamente auto-inferiorizada - talvez reflexo do exercício familiar com minha madrasta, a me depreciar e a me mostrar que eu não era ninguém nem merecia respeito.
Passaram-se uns três ou quatro anos depois disso, eu me tornei militar e não tinha muito o que fazer com o dinheiro que ganhava, embora não fosse muito.
Ela soube das mudanças, me visitou, pegou cheques emprestados - claro que esta idiota que vos fala emprestou...
Tempos depois, eis o rombo na conta, não porque ela não pagasse, mas porque cobria os cheques quando bem entendia, de modo que gerava um efeito dominó que começou a deixar os meus próprios cheques sem fundos. E fui eu quem fui ao fundo...do poço.
De lá para cá, nestes mais de dez anos, a gente se viu bem esporadicamente, graças a Deus.
Ela mudou de cidade, veio a ganhar mundos e fundos, juntar patrimônio.
Mas agora voltou. Falida! lembrou-se de mim, me catou no Facebook e me achou.
Ontem me interpelou, pediu que eu a visitasse, mas tenho minha desculpas de trabalhar em Salvador, ter o que fazer e etc.
Recebi o número dela por mil e um amigos em comum a quem ela pediu o favor. Quando ela me perguntou, confirmei que sim, tinha o número.
Ela quis saber por que eu nunca liguei. Dei uma desculpa besta, qualquer, de modo a que ela visse que se eu não liguei é porque aquela amizade não me interessava.
Não é que eu odeie ela: é que eu mudei, não quero ser feita de idiota e não há nada na nossa relação que tenha me deixado saudades ou que justifique uma atitude tão masoquista quanto 'passar a mão na cabeça de quem me sacaneia', como diz a música do Barão vermelho.
Ela escrutinou a memória dos tempos idos e eu dei graças a Deus por minhas narrativas de universidade, da graduação, não terem sido compartilhada por ela.
Na memória dela, só os momentos felizes, os arroubos de amizade, as festas no Feira Tênis Clube e os outros shows a que fomos. As vezes em que ela me sacaneou, as mediocridades que ela fez, as atitudes escrotas (e para quê buscar palavras elegantes para me referir a alguém que me fodeu o quanto pôde?), tudo isso foi arrancado dos arquivos da memória.
Perguntou dos meus namorados e do destinos dos ex que ela chegou a conhecer, especialmente de Robson.
Amiga fura-olho: eis a definição do que ela é.
Fiquei temerosa devido ao fato de que uns tempos atrás outra amiga veio à minha casa, louvou minha solteirice, minha opção por não ter filhos, abriu meu guarda-roupa e despencou-se de chorar ante perfumes, sapatos e roupas, porque ela argumentava que fez as piores escolhas para a própria vida, que poderia estar como eu e que minha maior riqueza era pertencer a mim mesma e não carregar os fardos da responsabilidade com família, marido e filhos.
A amiga Fura-olho me fez o mesmo, lastimando a vida de casada, os filhos, as escolhas...E isso ela deduziu a partir de fotos do Facebook e coisas de contexto.
Não tenho a melhor vida do mundo. Tenho faltas, angústias, carências, mas amo a minha vida. Assumo minhas escolhas e nunca neguei que preciso de minha solidão em casa, que não quero morar com ninguém, que depois de poucos dias de convívio coletivo quero sair correndo para bem longe de quem me cerca.
Adoro minha liberdade, minha vida, meus altos e baixos...Aceito a vida como ela é e procuro modificar o que  não me agrada...
Depreendi, mediante esta troca de palavras com a suposta amiga, que a memória de quem bate é muito diferente da memória de quem apanha. Quem bate, realmente, trabalha pelo esquecimento e para dar outro significado àquilo que se resume à maldade cometida contra outrem.
Claro que há os que suspeitam dos relatos de memória, sempre querendo defender que a outra versão, a versão da outra parte tende a ser mais importante. Fosse em caso comum, diríamos o de sempre: desqualificar a vítima para favorecer o réu. Contudo, não sou vítima: sou sobrevivente, como costumo dizer.
Fica difícil distorcer os fatos quando há coisas concretas como o fato da figura ter ido morar comigo e ter sido medíocre e cruel, alimentando a suposta amizades em momentos de conveniência e quando lhe era útil.
Não sei quanto uma pessoa pode ser tão sem noção a ponto de não saber que a gente percebe ou descobre pelos relatos de terceiros quando somos indesejados na casa alheia.
A Fura-Olho me explorou porque eu era idiota, me sentia inferior, achava que precisava dela, não ela de mim.
Condicionei um bando de gente a achar que eu seria eternamente idiota, porque perdoei demais, relevei demais e minha postura só se corrigiu na psicanálise.
Já fiz coisa parecida com a plena idiotice de outrora, recentemente, mas apenas para dar uma lição: emprestei uma grana preta a um pessoa que ao me ver na pindaíba, sendo minha íntima, jamais me forneceu um empréstimo, uma ajuda mínima que fosse, nem em consideração à amizade, nem por caridade ante meu quadro de penúria material. Emprestei  a quem jamais me ajudou, apenas para mostrar a mediocridade da pessoa, para demonstrar que a recíproca nunca seria verdadeira porque em hipótese algum tal pessoa me ajudaria.
Acho que o ódio não me vem porque gente medíocre me causa piedade. E esse povo que quer levar vantagem em cima da gente, que quer ludibriar nossa boa-fé sofre deveras com o nosso sucesso.
Emprestei o dinheiro para ensinar a lição mais óbvia: a fé, sem as obras, é inútil.
Tudo que é meu, é meu por trabalho, por conquista e mesmo o que herdei foi presente e reconhecimento, nada foi obtido de forma ilícita, minha felicidade descontínua como é, não se fez da infelicidade alheia.
Dei aulas em lugares que ficam a 08, 10 horas de onde moro...Não precisei recorrer a jogos de interesse, não me vendi, não quis comprar ninguém.
O Bem a gente pratica. Ponto Final.
E para a amiga Fura-Olho, a porta sempre estará fechada.

Para sentir na própria pele


Quem não quer ter pele e cabelos bonitos? e quem de nós já não se cansou e ouvir das celebridades e beldades do mundo artístico que 'o segredo de beleza é beber muita água". Mas seria o fim das clínicas de cirurgias plásticas se isso fosse verdade - que celebridade não frequenta nenhuma?
Beber água é fundamental para o bom funcionamento do organismo.Ponto final. A água ingerida não vai se converter milagrosamente em hidratação  da pele ou dos cabelos.
Alimentação saudável vai interferir mais no bem-estar do que na aparência, apesar ser um item considerável para nossas metas de cabelos e pele.
Dou aqui o meu testemunho prático de alguns produtos.
No tocante à pele, a vitamina C comercializada pela Payot (o nome é "Complexo Vitamina C" e vem numa bisnaguinha plástica) é otima para o tratamento de manchas e uniformização da cor. Não faz a mancha sumir da noite para o dia e se vocẽ se expuser ao sol, já era:mancha ainda mais. Porém, registro que dá resultados e, como sempre funciona fazer o mix: vitamina C efervescente para beber, 500mg a cada dia ou em dias alternados; e colágeno em cápsulas. Pronto: pele de seda!
O melhor dos últimos tempos foi o lançamento de Bepantol Derma, da Bayer, para pele e para os cabelos, para uso tópico.
Parece apenas uma água - não tem cheiro algum, é incolor, não tem textura e é simplesmente líquido: a gente lava os cabelos e coloca aproximadamente uma ou duas colheres de chá nos fios: se fizer escova, o brilho será bem aparente. Se não fizer, a pró-vitamina B5, isto é, o Dexpantenol, vai hidratar de verdade os fios e dar aspecto saudável ao cabelo. Custa bem barato, na casa dos dezesste reais. Há quem prefira misturar parte do conteúdo aos cremes de massagem capilar. Nunca fiz isso, pois prefiro seguir as instruções do rótulo e deixar a solução permanentemente no cabelo.
Na pele o produto atua como uma água termal: usa-se com algodão ou borrifando. Dá uma hidratação absurda!
Finalmente: faz eras que sou escrava do protetor solar Anthelios XL, da La Roche-Posay, fator 60 - uso fluido e uso creme. Mas o preço não é baixo.
Ao comprar meus bronzeadores que usei neste verão, peguei uma boa promoção a Nívea que me proporcionou ganhar um protetor facial fluido, o Nívea Sun Light Feeling fluido facil protetor diário. Declaro que o produto é incrível.
Não deixa nada a desejar a já citado protetor e marca francesa, protege e é absorvido rapidamente.
Ah, ia esquecendo: uma loção adstringente barata, eficiente e boa é a da Anaconda. Cumpre bem além do que promete e deixa a pele macia, lisa e limpa.
Até então, da Anaconda eu só havia usado batons (maravilhosos e baratíssimos, com fixação e hidratação surpreendentes) e por acaso peguei a loção tônica. Paixão ao primeiro uso.
Dos produtos aqui citados posso dizer que fiquei muito satisfeita com os resultados. Contudo, ressalto que quem não tem disciplina n~ao consegue obter o mehor dos produtos, pois eles precisam ser usados com frequência e com respeito aos indicativos de uso.
Algumas amigas vẽm falando bem do Imeecap Hair. ainda não experimenteo e, quando eu sentir os resultados literalment ena própria pele (e cabelos) deixo a resenha aqui. No mais, o referido é verdaderiro e dou fé.

Ah, se eu soubesse


Algumas vezes me rendo ao lugar comum: há artistas que, de fato, parecem dizer o que gostaríamos de dizer; ou eles traduzem situações que vivemos e dái criamos uma identidade, nos sentimos representados. Neste sentido, escolhi hoje paparicar a belíssima produção de Chico Buarque. Até me vi como este sujeito lírico da música, quase caindo numa conversa mole de resultados previsíveis. Para evitar, não atendi ao telefone.

Ah, se eu soubesse não andava na rua
Perigos não corria
Não tinha amigos, não bebia, já não ria à toa
Não ia enfim
Cruzar contigo jamais

Ah, se eu pudesse te diria, na boa
Não sou mais uma das tais
Não vivo com a cabeça na lua
Nem cantarei: eu te amo demais
Casava com outro, se fosse capaz

Mas acontece que eu saí por aí
E aí, larari, lairiri

Ah, se eu soubesse nem olhava a lagoa
Não ia mais à praia
De noite não gingava a saia, não dormia nua
Pobre de mim
Sonhar contigo, jamais

Ah, se eu pudesse não caía na tua
Conversa mole, outra vez
Não dava mole à tua pessoa
Te abandonava prostrado a meus pés
Fugia nos braços de um outro rapaz

Mas acontece que eu sorri para ti
E aí, larari, lairiri
Pom, pom, pom..

Ah, se eu soubesse nem olhava a lagoa
Não ia mais à praia
De noite não gingava a saia, não dormia nua
Pobre de mim
Sonhar contigo, jamais

Ah, se eu pudesse não caía na tua
Conversa mole, outra vez
Não dava mole à tua pessoa
Te abandonava prostrado a meus pés
Fugia nos braços de um outro rapaz

Mas acontece que eu sorri para ti
E aí, larari, lairiri....