Louquética

Incontinência verbal

quinta-feira, 26 de março de 2015

Juntas mas não unidas


Na hora do desespero, a paciência é a primeira a sumir. Na hora das incompatibilidades, são os amigos quem primeiro fogem.
Estou meio entristecida. Angústias que todo mundo tem e que nos obriga a verificar o que há de errado e se o afeto é proporcional ao fato gerador da situação e demais  coisas afins...Respeito minhas tristezas. Talvez seja pelo fato de eu não vencer todo dia, de não me dar bem sempre, de não ter uma vida perfeita e feliz como comerciais de Coca-Cola e, por isso, sim, eu fico triste, eu admito que gosto de quem não gosta de mim e que estou a pedir demissão de um lugar tão ruim com o professor, que chego a fazer piada, dizendo que lá, na instituição de ensino que vou chamar de "UNIESQUINA", é o único lugar do planeta Terra onde não proliferam mosquitos, porque a concorrência é muito desleal, uma vez que sugam o sangue do professor de modo a não deixar resquícios.
Não obstante, estou sofrendo porque fui obrigada pelas circunstâncias a ser aquiescente com o internamento de um ser humano de quem eu gosto muito, mas que estava desgastado pelo álcool, possuído pelo vício. E ficamos incomunicáveis desde então, por ser esta a regra para tratamento, nos primeiros 30 dias.
Aí, há dez dias, eu e minhas chegadas, marcamos uma saidinha de fim de semana: este fim de semana.
A chuva nos assola, uma de nós vai trabalhar no sábado e eu, que sou chegada nas festas, danças e badalações, fui criticada por querer ir sozinha aonde eu bem entender, uma vez que nenhuma das múmias que me acompanham são chegadas a dançar.
Elas gostam de barzinho e álcool. Eu odeio álcool e não sou contemplativa. Não gosto de sentar num barzinho para ouvir MPB, conversar mulherices e voltar para casa.
Agora, decidiram que eu sou minoria, voto vencido e que querer ir sozinha é meu atestado de egoísmo. Ou seja, não posso fazer a minha vontade. Aí está phoda!
Elas dizem que eu prefiro ficar sozinha. Sim, pelo menos não sofro contrariedade. Interessante é a pouca concessão, é as pessoas que a gente julga amigas não fazerem uma só concessão em favor do seu estado, do seu contexto e muito menos em favor do convívio. Nada de estado de exceção! Mas a egoísta sou eu...
Se eu for, vou no meu carro. Pelo menos não vou ter que fazer concessão de ouvir Pagode e música brega.