Dizem que a vida é um
jogo. Eu acho que é um jogo de futebol. Talvez, porque eu acho que futebol
explica a vida.
No futebol, os times
se preparam, treinam, ensaiam, mas, nem sempre o favorito vence.
Surpreendentemente, o time pequeno leva a vitória em algumas partidas.
No duplo sentido do
termo “partidas”, a vida nos faz enfrentar muitas: tanto as de sentido de
competição, quanto no sentido de ir embora (partir é, ainda, sinônimo de
cortar, dividir, tipo o que ocorre com o coração da gente em certas circunstâncias).
Na vida e no futebol,
temos adversários e dependemos sobremaneira da honestidade dos árbitros. A disputa precisa ser honesta. Uma
boa torcida também pode favorecer e fortalecer o jogador.
Há os que são os donos da bola, os que dão bola,
os que ‘correm atrás’, há o banco de reservas.
De fato, é uma pena quando
um time claramente jogou melhor, mas perdeu para um adversário inferior, mas
sagaz. O futebol nos ensina que aproveitar as oportunidades define resultados.
Naquele piscar de
olhos, no desvio de uma bola, na velocidade empreendida em um contra-ataque,
faz-se o gol. A falha do adversário vale tanto quanto o nosso preparo numa partida.
As barreiras, assim na vida como no futebol, são constantes. É preciso não chutar contra elas, mas superá-las. E se estivermos na barreira, convém proteger-se das pancadas, de ser atingido.
Constatamos que o jogo não é fácil. Corre-se para lá, para cá,
muda-se de lado, desespera-se com o tempo, questiona-se a prorrogação...Por
vezes, o empate é o melhor resultado possível...
Na vida e no
futebol, é preciso ter boa defesa. Nem tudo é ataque e nem sempre convém ficar
na defensiva. O bom jogador sabe definir sua hora. Ele sabe, também as posições
que o favorecem.
Na vida e no futebol
há regras. Elas são necessárias para regular a partida.
Na vida e no
futebol, há faltas. Faltas graves, para cartão – expulsão, suspensão. Há faltas
que nos imobilizam. Há quem cave as faltas...a vida tem mais faltas que o
futebol, se repararmos bem.
Às vezes, no futebol
e na vida, estamos na zona de rebaixamento.
Ganhando ou
perdendo, cada ano traz novos campeonatos e é preciso recomeçar: bola para a
frente!
