Louquética

Incontinência verbal

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Era doce e acabou...


Já me queixei da falta de um amor e já ouvi minha amiga dizer que meu perfil no Facebook esboça a minha carência. Lógico! Gosto de um homem que não gosta de mim. Não obstante, não vou importunar a pessoa nem forçá-la gostar de mim e tampouco tratar como opção do ego dele, ferir ao meu ego.
Há pouco o meu ex, FJ, esteve em mi ha porta. Nove e meia da noite e FJ escandalizou em minha rua, gritando meu nome no portão, numa fissura inexplicável. Atendi a contragosto.
Ele reclamou que eu o tratei mal na vez anterior, quando ele surgiu do nada em meu portão. Expliquei  que não havia o que conversar, que realmente eu não o queria em minha casa nem em minha vida. Pronto! só isso: acabou.
Já há um tempo sei que ele e outro me stolkeiam no Facebook. Presumem que se eu não tenho namorado, estou à disposição ou sou presa fácil. Não funciona assim, mesmo por que eu gosto de V. Não estou disponível se meu coração está ocupado.
FJ disse que eu não tinha argumentos para ele, que ia embora para o Rio de Janeiro na terça-feira e etc., pediu para entrar, eu não permiti e ele então perguntou por que eu tinha mágoas dele e por que era tão grande. Não tenho magoas dele, necessariamente: é que acabou. E quando acaba, paciência. Já tem um ano. Ele precisa processar o término.
Sinceramente, tenho identificador de chamadas por causa dele, para me prevenir e me afastar. Ele ligou de novo, mil vezes. Eu não atendo. Não quero contato.
Também me apareceram dois ex-namorados entre a quarta-feira e hoje. Não gosto disso, não é motivo para me vangloriar: as pessoas vivem suas relações. Depois que termina é que vão avaliar o que ficou para trás? o tempo passa, o amor acaba, o interesse muda. Não quero. Especialmente o que mexeu com o meu orgulho, incapacitando minha possibilidade de sonhar, ao dizer que eu não criasse expectativas, após nosso terceiro encontro - nós, mulheres, passamos por isso. Não quero. Não estou disponível. A resposta é não.
O terceiro deles me cansa. Gente que eu amei e cujo amor passou, me cansa. Uma vez superado, não tem retrocesso.
Caso FJ insista demais, vou pedir uma medida protetiva. Não quero ele. Ele viu que eu sequer quero olhar a cara dele.
Não importuno  a pessoa que eu gosto. Se eu pudesse, colocaria outdoors pelo caminho de V. e diria o quanto eu gosto dele, que desejo ele e que significa muito para mim. Se eu pudesse, estamparia em camisetas o quanto é grande e verdadeiro o que sinto, diria dos lugares que eu queria que a gente fosse juntos, discutiria música, política e filosofia e finalmente daria todos os abraços acumulados nestes seis meses de paixão e amor contido e recolhido. Porém, se V. não esboça nenhum movimento que me leva a me julgar correspondida, deixou-o em paz. Calo meu amor por ele. Calo o afeto no silêncio do respeito ao outro. Recolho meus ciúmes não declarados, porque acho que ele deve ter alguém, e vivo.
Não quero o passado em meu portão, nem quero incomodar com meus amores a quem não me ama.
Respeitar é também saber deixar em paz e aceitar a decisão de quem não nos quer.

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