Não
sou sovina, mesquinha, mão-de-vaca, pão duro...Mas tenho uma especial má vontade
em pagar impostos.
Imposto
eu pago por ser algo imposto, goela abaixo, forçado mesmo. E olha que meu IPTU
tem anos atrasado e que eu, abertamente, defendo que CONTRABANDO não é crime.
Explico novamente: as mercadorias que tentam entrar ilegalmente no país não
foram roubadas. A gente, consumidor, comprador, negociante, paga por elas. O
que ocorre é que no exterior se compra produto de todo tipo muito mais barato
do que no Brasil. Ao trazermos uma mercadoria, entretanto, o governo acha que
devemos pagar uma taxa porque fomos lá fora comprar o que aqui é mais caro.
Esse é o crime.
Desta
forma, quando compro perfumes e cosméticos no exterior, a alfândega do Paraná
pega minha caixinha de produtos e cobra 60% do valor que eu paguei e, para
tanto, lê a minha nota fiscal. Pago, ainda, uma taxa de importação, no valor de
R$ 15,00.
Entendo
que há leis de mercado que visam proteger o comércio interior. Mas entender não
é concordar.
Acho
horrível o nome CONTRABANDO, acho terrível a criminalização e todo o resto.
Não
obstante, a História do Brasil é a história da tributação: Quinto; Derrama e
etc.
Hoje
estou especialmente triste: paguei praticamente mil reais de IPVA. Como doeu.
Dói dar mil reais ao excelentíssimo senhor Governador do Estado da Bahia. O
carro é meu. Para o DETRAN não levar aquilo que já é meu, eu tenho que
anualmente pagar a esse povo.
Meu
carro, um carro humilde como eu...Estava com atraso do imposto do ano passado.
O deste ano ainda não venceu, mas fui obrigada a pagar os dois. Fico infeliz e
desesperada.
Porém,
vos digo: antes assim a ter que estar com o coração em sobressaltos porque tem
Blitz da Polícia ou eventos correlatos. Não dever a ninguém ajuda a tranquilizar
o coração. Todavia, maldigo o destino de meus centavos, nessas mãos inúteis,
corruptas e populistas que me obrigam a pagar pedágio e gasolina cara.
Hoje
agradeci muito a Deus por dirigir. É uma independência boa. Parece uma pequena
vitória, mas é grande e não é fácil.
Gasta-se
muito e as preocupações não são poucas – manutenção, combustível, limpeza, etc.
– mas no Cômputo final vale a pena.
Táxis
roubam demais...ônibus demoram demais...Há urgências e necessidades que um
carro abrevia. Mas se eu pudesse, não pagaria impostos.
Pior
já sofri, tendo que levar o carro para vistorias anuais, tendo que comprar
extintores de incêndio absurdos, que depois foram dispensados...Burocracias,
filas e complicações em profusão...Mas pelo menos aqui na Bahia cortaram essa
da vistoria (um ônus feito mesmo para a arrecadação).
Bem,
paguei meu óbolo...Sigamos!