Estamos na semana do
Dia dos Namorados (12/06) e não é novidade para ninguém a enxurrada de gente a
trocar o status dos relacionamentos
no Facebook, assim como já é por
todos conhecida a estratégia de muitas mulheres ao mandarem flores para si
mesmas e as já óbvias filas nos motéis e restaurantes.
Ao lado deste povo
de comportamento óbvio, as amigas que têm medo de dar presentes e sofrer a
decepção do não retorno ou da declaração de que aquilo ali não é namoro, por
parte do homem.
Acho isso incrível:
ainda cabe ao homem o poder na relação amorosa. É ele quem declara o estado
civil do casal. Mulheres não são Juán Guaidó (que se autoproclamou presidente
interino da Venezuela) para se autoproclamarem coisa nenhuma de ninguém.
Se o homem não assumir
o relacionamento, não há relacionamento.
As pessoas moram
juntas, fazem sexo, desenvolvem afetos, criam filhos, compartilham um lar, fazem
compras juntas, são dependentes no cartão de crédito e no plano de saúde um do
outro, mas somente ao homem cabe declarar o namoro ou o status do
relacionamento, pelo menos aqui no Brasil.
Isso a gente
constata: não é por machismo ou por concordar com o fato, não. É que é assim.
O oposto dá muito
trabalho: se a mulher resolver se autodeclarar solteira, que não se espere o
resto da tríade, o tal ‘livre e desimpedida’. Não é somente a família e os
próximos a vigiar a conduta da solteira, como a possibilidade de engrossar a
nossa alta e conhecida estatística dos homens que “não aceitavam o fim do relacionamento”
– e aí, prepare o vaso da vingança, que pode estar cheio de cólera, ira e
frustração, descambando para violências fatais.
Aqui no Brasil, em
que impera a máscara da liberalidade, todo poder é do homem. Só ele pode. E
pode tudo!
Decerto, muitos são
os que se aproveitam dos precedentes abertos por comportamentos femininos
lamentáveis, porque eles existem, sim: desde a leviandade dos recursos para
tirar dinheiro do homem, até gravidez estratégica para prender um homem num
relacionamento ou obter garantias de rendas futuras. É preciso observar isso:
há muitos homens. A recorrência de comportamentos faz a regra, mas não significa
que dá conta da totalidade deles. Logo, há os que fogem ao padrão comum.
Há muitas mulheres.
O condicionantes sociais e culturais, assim como a personalidade, individualizam umas e
homogeneízam outras. Porém, o que fica como regra? O comportamento da maioria.
Por esta mesma via
de análise, tem um rebanho de idiotas que se apegam àquela pergunta: “Se todos
os homens são iguais, por que as mulheres escolhem tanto?”. A resposta é bem clara: boas escolhas
dependem de se conhecer as opções disponíveis. Algumas vezes, dentre as opções
que se tem, opta-se por “NRA”, ou seja, “Nenhuma Resposta Anterior”. Isso é
discernimento. Há quem escolha errado? Sim. Há quem chute? Claro que sim. A
gente é que deve ter em mente que é possível fazer o rascunho antes de dar a resposta definitiva.
Para uns, mais amor, por favor!
Para outros, mais humor, por favor!
Nenhum comentário:
Postar um comentário