Ainda sobre o pobre
candidato que se apresentou a mim, tenho que frisar que é um daqueles
intelectuais de bagagem, que sabem o que estão a dizer, que correram mundo até
ter pés firmes no universo da ciência. Mas, não somente pelo meu namoro com O poeta prosseguir, como pelo fato de
que o candidato é apressado, eu nunca o namoraria.
Essas pessoas que só
são felizes casadas me assustam.
Desde sempre eu
disse: ‘eu gosto de namoros’.
Mas, eu também não
ficaria com ele por causa daquela deselegância que desmente o lugar acadêmico
que ele ocupa; por um jeito Jeca, caricato de tão sem modos, sem a menor
etiqueta...Isso enfeiece qualquer um.
Ele veio sem que eu
o chamasse: me achou, veio no faro de minhas ideias expressas em alguns
escritos...Encantamento reforçado por minha aparência, que ele conferiu em
todos os lugares possíveis – do Lattes aos perfis de redes sociais.
Já comigo, o percurso inverso: o encarar
frente a frente foi de um desencanto pavoroso, que só minha boa educação pôde
amortizar.
Juro que lembrei de “A bela e a fera” – ora, quem vê cara,
não vê coração”, mas eu preciso mais do que um coração de um cara para encetar
algum interesse.
Lembrei de outra
situação mega esquisita em que o meu par, tendo esperado por mais de uma década
para ficarmos juntos, ao ficar comigo, me chamava de “amor”, num enojamento
chato e artificial, que me deixava sem jeito.
Sei que retomei esta
pauta porque o candidato citado primeiro construiu um amor por mim, totalmente
patológico. Não há amor em 15 dias, nem à primeira vista, nem esses troços
malucos que as pessoas carentes inventam.
Fui cuidadosa,
porque o quadro dele foi sério.
Até o presente
momento, mesmo com todos os meus argumentos e impeditivos, o cara continua na
batalha. Delirante como Dom Quixote
atrás de Dulcineia, lutando contra gigantes inexistentes, quando a donzela não
tem nenhum interesse na causa.
Eu fico igualmente
sem jeito quando alguma situação social me faz confrontar com alguma pessoa que
já não está entre meus afetos. Nesta semana, isso ocorreu duas vezes.
Num primeiro caso,
não houve ruptura na amizade, mas distância. A moça aprontou muitas comigo, foi
extremamente falsa, ingrata e arrogante...Um dia ela me viu por cima da
situação. Catou meios de se aproximar. Fiz um favor. Daí em diante, é uma
perseguição por retomar a amizade comigo...
E, de repente, olha
a situação social nos colocando em meio a pessoas que não fazem ideia da história
dos bastidores e que incentivam nosso contato! Saia justa, driblada pela boa
educação e as pressas da vida moderna.
Eu não conseguiria
ser amiga dela. Não conseguiria lhe fazer uma visita ou aceitar uma visita dela.
Ali, o abraço me custa caro, a saudação é um martírio. Não há ódio, mas há um
repúdio interior que eu não sei barrar, é involuntário.
No segundo caso, um
ser humano que me detesta, que fez o que pôde para desmanchar minhas amizades,
cruzou meu caminho por meios virtuais.
A personalidade de
víbora, na aparência é a cara da paz e da simplicidade. O veneno ela distribui
por critérios de falta de simpatia, como ocorreu comigo. Mas, em todas as desavenças coletivas, lá
estava o dedo dela. Obviamente, poucas pessoas viram. Quem viu, me alertou,
porque uma amiga ficou de mal de mim, sem me dizer o motivo, sem me oferecer
chance de defesa porque, afinal, quem fez a discórdia tinha crédito.
Isso sobreviveu até
que o tempo foi dando pistas da verdade.
No meu coração ficou
aquela decepção de mágoa: como é que a pessoa perde seu tempo apenas para tirar
de mim meus amigos?
Não falo mal dela
para ninguém: cada um precisa tirar suas próprias conclusões. Além disso, ela
sabe se fingir de vítima, capitaliza muito bem suas poucas dores (todas advinda
de invejas injustas, porque ela só olha a grama dos vizinhos, ao invés de
molhar a dela, já verdejante), faz dramas com estados de saúde pretensamente
fragilizados. Ela sabe que eu sei. E sei muito bem quem ela é.
Enfim, ela fez outra
armação para me atingir, para dar a entender que eu era a causadora da retirada
dela daquele ambiente virtual. Deus me livre de cruzar com esta pessoa
novamente. Fico completamente sem jeito, sem saber corresponder à falsidade adequadamente.
É o que eu também
acho válido para qualquer situação, sejam páginas, blogs, sites ou casa dos
outros: se você não gosta, não vá.
Se for convidado e
não gostar, não vá.
O mundo funciona
melhor quando deixamos os outros em paz.
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