E vamos nós ao quarto mês do ano, abril, mês de meu aniversário e, por isso, bastante especial para mim.
Creio que quando a gente ama a si mesmo tende a ser percebido como um ser humano convencido ou arrogante, mas me importo pouco com isso. Aceito o tempo, apesar de saber que nunca mais seremos os mesmos, embora, por outro lado, tudo seguirá sendo igual, porque numa pandemia não há muitas variações, a vida segue plana. As chances das boas coincidências diminuem, porque saímos pouco, não desfrutamos das festas, das recreações ou situações coletivas que favorecem contatos, trocas ou descobertas.
Ano passado, meu aniversário foi no domingo de Páscoa e a pandemia era uma novidade assustadora e desconhecida. Assim, foi muito triste, sem bolo e sem abraços o meu domingo de aniversário.
Já estou em festa. Por dentro, o coração sente o júbilo de ter sobrevivido até aqui, ter escapado a muitos abismos, a algumas tristezas, a algumas hesitações...
O tempo ajuda a julgar as coisas e a localizar as águas que nunca mais beberemos e os lugares onde jamais voltaremos e, entre nunca e jamais, a certeza que o correr dos anos nos dá de que "o passado é uma roupa que já não nos serve mais", conforme Belchior cantava.
Tudo que foi bom, virou saudade. Junto a ela, traumas, dores, alegrias, descobertas, vitórias, escolhas...E sigamos a novos capítulos.
Há uma música de Ivan Lins que remete muito ao perfil das arianas, a música Dandara:
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