Não gosto de bebida alcoólica, nem de um bando de coisas da gastronomia, não acho a Cidade Maravilhosa maravilhosa, não consigo me anestesiar ante os clichês da opinião geral, mas de maneira natural, não é um escolha deliberada para 'ser do contra', só pelo goto de discordar.
É assim também no sexo: tem certas preferências universais das mulheres, que não chegam a ser uma predileção minha. Difícil é passar do cálculo moral e decidir se vou fingir, para não decepcionar meu par; ou assumir que não é exatamente não gostar daquilo, mas ser indiferente. Bom, não sinto nada: tanto faz ter ou não ter, não é algo que me enlouqueça, pelo qual eu espere...
Mas devo dizer que o fato da realização da Copa do Mundo de Futebol ser aqui no Brasil e antecipar dias do recesso junino foi muito bem recebido por mim: eu precisava desse tempo.
Em maio dirigi quatro vezes para Salvador, nas quatro semanas, indo e vindo pela BR 324; dormindo pouco, ficando na capital da segunda à quinta e pouco usufruindo do meu lar. Gosto da minha casa, sempre declarei isso. Agora quero aproveitá-la.
Nesse tempo de ir dirigindo, criei uma trilha sonora especifica, que jogo no pendrive e que sempre tem lá a música do Otto, Crua, que reproduzi em outra postagem daqui. Penso a vida como um filme, faço a rota e o roteiro, coopto personagens, me decepciono, crio tensões, vivo dramas... E também vejo que tenho me divertido pouco.
O amor que eu tinha, era pouco e se acabou, porque não sou pessoa de paciência. Voltei a cometer um erro já sinalizado por minha analista (não como erro, mas como prática) e dei um xeque-mate no meu 'objeto amoroso' pois coloquei as cartas na mesa.
Para a minha analista, este é um gesto castrador porque os homens não têm estrutura para responder de forma clara, direta, específica e objetiva a nada em relação a uma mulher. Traduzo isso como covardia. O que há de tão assustador em assumir uma coisa qualquer? quer? não quer? foi? não foi? é isso? não é? a que se deve? poderia? Enfim, clareza não é ofensa, não é tortura...Se isso castra um homem, parabéns para mim, que vou viver com eunucos. Ora, bolas!
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