Atendendo a
pedidos, vou esclarecer duas coisas:
1)
Eu continuo
admirando o corpo dos homens. Gosto deles. Gosto da anatomia e do cheiro, das
texturas, das cores, das impressões táteis...Só não trato mais disso aqui no
blog porque há outras pautas que tomam minha atenção. E acho que fiquei meio
besta com um corpo, em particular, que me ocupa os olhos e os sentidos, apesar
do belo vizinho que tenho, que corrompe minha imaginação.
2)
Eu não deixei de
discutir questões femininas na vida real. É que me volto mais ao microcosmos
imediato e às vezes ele me basta. Vou até fazer um adendo, porque é um caso
particular bem vinculado ao geral: tenho uma amiga sexólatra. Ela não é
sexólatra por falta de anteparo moral, mas porque é o meio de alívio das
tensões e angústias. Tudo para ela é sexo. O maior remédio é sexo, para ela.
Não obstante os infinitos parceiros, ela não sabe diferir o que é a
lubrificação incolor, da excitação feminina, do muco cervical esbranquiçado,
normal e comum da flora vaginal?
Achava eu que era uma questão baiana, porque na
Bahia, qualquer coisa é considerada corrimento. Mas me espantou o fato de
alguém tão experiente no sexo ter tamanha dúvida e se confundir no óbvio.
Por fim, nunca escondi eu preconceito linguístico,
não de modo a subestimar ninguém nem depreciar as pessoas por isso, mas com
vistas àqueles a quem eu pretensamente pegaria para namoro. Assim sendo, se um
homem fala CLÍTORIS ao invés de CLITÓRIS, está clara a ignorância, não apenas
pela falta de habilidade com a língua (no meu caso, sem trocadilho, porque não
tenho essa preferência íntima), mas pelo despreparo com o corpo feminino.
Boa parte dos homens também não sabem suas próprias
preferências e deixam que a indústria pornográfica molde seus gostos. Logo, não
são naturais e confundem a quantificação e a alta rotatividade sexual em suas
vidas, com experiência. Aí a coisa fica péssima, porque tomam por verdade o que
é apenas fantasia massificada.
Deveriam gostar do corpo das mulheres, né? Não só das
partes onde introduzem, mas dos cabelos, da pele, dos seios, dos cheiros, dos
olhos, das cores...Incrível como a pessoa pode passar fome até diante de um
banquete, se não sabe usar os talheres nem combinar os sabores...Felizes os que
sabem degustar.
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