Aproveitando a
excentricidade e a excepcionalidade deste dia 29 de fevereiro, quero aproveitar
para declarar que continuo a mesma pessoa de postura política que sempre fui. Não
passo pano para a realidade, não idolatro malandro de partido algum e sei muito
bem minha classe social, meu gênero e minha etnia – cuja consciência já
sinaliza meu impedimento de ser alinhada com qualquer pauta da Extrema Direita.
Hoje, quando
noticiado o assassinato em massa das pessoas na Faixa de Gaza, na hora em que
se buscava alimentos e utensílios distribuídos pela ajuda humanitária (não sei
dizer, neste momento, o número exato, mas passou de 100 pessoas), posso dizer
que senti muito por cada um que lá estava e mais ainda pelos que sobreviveram, porque vão chorar seus mortos e prosseguir no cenário de dor e incertezas.
Notei, com dor ainda maior, quanto se faz uso de pobres e indefesos jegues e
jericos naquela região. Amo os bichos, em geral. Mas, cavalos, burros, equinos
de todo tipo, amo ainda mais e já me meti em muita briga para defender os
bichinhos.
É muito terrível carregar
pesos, levar seres humanos e ser chicoteado por eles. Sem contar a brutalidade
da violência em si, a sede e a fome que esses animais passam. Imaginem tudo
isso num cenário de guerra! Os animais em meio a conflitos criados pelos homens
que, teoricamente, são seres racionais!
Na hora em que
defendemos os animais, sempre aparece um palhaço para falar que a criança
abandonada merece isso e aquilo e etc. Nessas horas, convém perguntar: “E você,
atualmente, ajuda quantas crianças?”. E quando você vai olhar de perto o
cristão hipócrita, ele é somente um hipócrita querendo aparecer e que não
contribui em nada para melhoria de coisa alguma, mas vai catar algum versículo
para amparar a própria pequenez. Só não entendo as razões que fazem com que
esse tipinho de pessoa se incomode com quem defende bichos ou causas fora do seu interesse. Desde que eu não vá à porta dos outros convencê-los de meu próprio
ponto de vista; ou que a circunstância venha a modular situações de opinião, a ordem é: "cada um na sua e a vida continua". Lógico que se a pessoa mora conosco, convive
conosco ou dela nós dependemos para sobreviver, tudo muda. Porém, não entendo
porque raios há quem perca tempo para tentar dissuadir quem gosta de bicho.
Certamente, pessoas
assim nem sabem que são mamíferos bípedes...ou, a depender da crueldade de cada
coração, nem sei que espécie de gente podem ser.
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