Louquética

Incontinência verbal

sábado, 18 de janeiro de 2020

De novo, o novo...



Acerca dos tempos sombrios que atravessamos aqui no Brasil, eu tenho que dizer que é assim mesmo. E é assim para todas as coisas e para todos os políticos: por mais que a polícia prenda, o povo vota nos caras. Por mais que algum político seja nazista, fascista, racista, sexista, misógeno, tosco, violento, sujo, louco, sórdido...O povo sempre elege.
Olha, devo dizer: tem Cidade Maravilhosa por aí, que é cheia de negros, pobres, gays, prostitutas, nordestinos, excluídos em geral...e se você contabilizar um a um quem eles são, numericamente serão maioria. É esse contingente que forma eleitorado...E elege esses representantes ruins. o povo dá o poder a esses monstros.
Aqui no nordeste, pelo menos, tem negro que nem desconfia que é negro e pobre que não sabe que é pobre. Então, se identificam ideologicamente com a elite. E como a elite, numericamente, se compõe de pouca gente (ou alguém aqui conhece milionários?), não tem o poder de colocar gente nas cadeiras da política - se, para isso, ela recorre a ideologias, ações de propaganda e falsidades múltiplas, o povo segue atrás. Mas, o povo não é ingênuo nem burro: abraça a causa porque se identifica com ela e com seus representantes.Nosso Brasil tem Sarneys, tem Aécios e tem Renans...E o povo sempre os elege, assim como São Paulo sempre elegeu Maluf.
Perdi meu direito à reclamação: o povo elege esses, como elegeu o atual presidente. O voto vem do povo, que é maioria numérica e votante.
A Esquerda, por seu turno, acha que a elite elegeu o monstro atual. Contudo, quando era a Esquerda no poder, foi o povo quem escolheu? Nos dois casos, é o povo, é seu processo de identidade, é fechar com a causa do candidato mesmo. E são sempre os mesmo, até os que se fazem de novidade. Na política, como na tecnologia, não há novidades...
A propósito, vai um Beto Guedes e sua Feira Moderna (tem versão dos Paralamas também) para a gente pensar musicalmente na questão:
"Tua cor é o que eles olham, velha chaga...
Teu sorriso é o que eles temem, medo, medo.
Feira moderna, o convite sensual

Oh! telefonista, a palavra já morreu
Meu coração é novo!
Meu coração é novo!
E eu nem li o jornal
Nessa caverna, o convite é sempre igual
Oh! telefonista, se a distância já morreu
Independência ou morte!
Descansa em berço forte
A paz na terra, amém."


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