Não tenho paciência com
as falhas na tecnologia. Nunca vi lógica em ter que me haver com os defeitos
das coisas que existem para agilizar a vida e que, no entanto, emperram,
travam, falham, quebram...
Talvez, por isso, eu
seja resistente a ter grandes gastos com computadores e celulares.
Já falei aqui de
roupas velhas que tenho, no sentido do tempo, que são bastante novas, no
sentido da conservação e do pouco uso – e, para isso, eu lavo as minhas roupas.
Lavo com orgulho, à mão, separando grupos de cores e fico feliz por haver
máquinas de lavar que eu nunca terei.
Bons computadores
também duram muito. Não travam à toa.
Neste em que
escrevo, não tenho sossego. Se eu pudesse dar um conselho, diria: Não comprem computadores
da Samsung.
Tive celulares
caríssimos da Samsung: o último, durou 27 dias. Apagou de repente. Nunca mais
se reabilitou.
Eu me senti aquele
Coiote do desenho do Papa-Léguas, que vive comprando produtos ACME, que sempre
falham ou funcionam tão tardiamente, que prejudicam a armadilha e é o coiote
quem cai nelas. São produtos que a gente, assim como o coiote, conserta batendo
e xingando, apesar de saber do prejuízo.
Por que comprei
tantas vezes? Por achar que aquilo foi uma exceção; por conselho de amigos que
diziam ter se dado bem, por acreditar que modelos diferentes trazem resultados
diferentes e, por fim, por assumida burrice mesmo.
Tem coisa mais
irritante que clicar e nada abrir?
E quando o sistema
cai, ataca meu sistema nervoso – vamos ser sinceros? A tecnologia de celulares
e computadores têm mais propaganda do que proveito.
Há teoria
conspiratórias (e justas) que preconizam que os softwares de cada tecnologia
são programados para fazerem os objetos tecnológicos pararem, a fim de forçarem
novas compras. Eu acredito. Não tem como alimentar a idiotice de lançarem a
cada dia uma versão nova de tantas coisas, como se fossem coisas novas
realmente...
Decidi não ter
impressora e conheço um rebanho de gente que também não tem nem terá, porque
não funcionam. E se for multifuncional, não funciona nunca. Quanto mais
funções, menos funcionam.
Ganharíamos mais se investíssemos no aperfeiçoamento real da tecnologia e não nessa lógica de descartabilidade, também válida para carros, medicamentos e produtos que ganham um "plus', uma "versão atualizada", uma "nova fórmula" que tem pouco de novo e muito de enfeite.
A propósito dos carros, então, é recall toda hora, porque o defeito de fábrica é a grande contradição, ou seja, a peça já vem quebrada, defeituosa. O novo já vem velho...
E tem sites especializados que mostram mesmo que a versão de cinco anos atrás é melhor que a de agora e muitos modelos, mas, enfim, leis de consumo - é preciso descartar. Bens duráveis já não duram...
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