Louquética

Incontinência verbal

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A chave dos problemas


Ter organização financeira e acabar com as dependências emocionais são os meus maiores sonhos. Ai, como eu me sinto incapaz de cumprir estas metas...
É verdade, não estou mal: alcancei tantas coisas que desejei. Por outro lado, não assumi alguns desejos e me vejo incapaz ou impotente diante de outros.
Há pessoas que não são aptas à felicidade. Sério: aqueles seres apagados, com umas caras de morte, com umas caras de velório, incapazes de um sorriso, que parecem que já nasceram dependentes de psicofármacos...é, gente tarja preta mesmo...ai, Jesus!Como é que esse povo pensa que está vivo? será porque faz xixi e bebe água? êta, distanásia! Mas existe mesmo gente incapaz de ser feliz - procurando pretextos para ser infeliz, mumificada, sem iniciativa, sem se mover na direção de coisa alguma, apegada a um presente contínuo ou fixada no passado...tenho sérias conversas com o passado, tenho ódio de minha família, vou à terapia para matar simbolicamente o meu pai, preciso de um esteio, de um protetor, vivo minhas castrações...entendo perfeitamente as angústias que compõem a existência. Contudo, esse negócio de se faer super sensível, eternamente de mal humor, esperando que alguém resolva nossa vida por nós, ou, simplesmente, querendo resolver os conflitos interiores com bromodiazepínicos, fala sério, não dá para suportar!
De repente a gente acha que a Ciência resolve tudo, dá todas as respostas...e aí, mano, comprar felicidade em vidrinhos parece um ótimo recurso...só não entendo qual a diferença real entre esta prática e a daqueles que consomem as drogas ilícitas. Para encarar a existência, só com Paraísos artificiais?
Apesar das tempestades, a gente aproveita o tempo de estio para rever os estragos e o que sobrou de nós. Sartrianamente, pensemos o que fazer com o que fizeram de nós, já que nossa existência não é passiva - sim, umas coisas ocorrem por nossa permissão! eis a vida!
Não quero ter esse perfil que eu critico. Quero que minha vida seja minha e seiq eu isso me fará perder muitos candidatos. Inacreditável, mas os homens sempre querem mandar em mim. Odeio ser comandada, reajo. Não incorporo a feminista pós-moderna que busca o poder parelelo, o poder velado, as formas negociadas: vou para o front, digo "não"!
Há um tempo eu não sabia dizer "não", admito!mas aprendi que devo fazer a minha vontade sem, necessariamente, ser obtusa, teimosa. Eu ouço o argumento e se ele faz sentido, sou aquiescente.
Não sou gueixa.
Recentemente, vi aquele rapaz que correu atrás de mim na UNICAMP por causa do meu salto alto. Decerto, mantivemos contato por um bom tempo até este encontro da semana passada.
Ele gosta de saltos; eu não estava aos pés dele. Por minhas atitudes de independência, ouvi uns resmungos e uns queixumes. Acabou aí!
A felicidade não é um processo contínuo, mas sem a colaboração do interessado, ou seja, de nós mesmos, ela é impossível.

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