Louquética

Incontinência verbal

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Tudo que você queria saber sobre sexo


Vou dizer o óbvio, claro, não sou lá uma pessoa surpreendente. Olhando para 2009, atestei para os devidos fins, que realmente, não atraio homens normais.
Digo todo dia, parafraseando a Viviane Mosé, que "quem anda me comendo é o tempo", mas isso tem uma razão. Não se trata apenas da falta de heterossexuais, ou dessa minha mania de abrir processo de seleção para ficantes e namorados e não preencher a vaga porque os candidatos não alcançam um escore mínimo, mas, sim, porque não fico com qualquer um e prefiro a solidão a ter que ficar com um quebra-galho.
Mas, vá lá, se de perto ninguém é normal, parece que uns pelo menos são mais discretos em suas rupturas com o normal. Ocorre que o meu candidato F me deixou totalmente sem jeito: não fosse seu fetiche por sapatos, ele propôs tomar champagne em meu scarpin e usar meus saltos para penetrá-lo. Como é que eu não perco a fala e a pose diante dessa idéia?
O meu candidato Th adora me usar como instrumento de vaidade. Ele é lindo e adora me deixar em espera, em stand by, alimentando a neurose da espera. Até ai, tudo bem. Porém, tive que ouvir repetidas propostas para transar com ele em lugares públicos.Isso não é tão grave para quem é exibicionista, mas para uma figura tímida como eu, é uma forca no pescoço.
O terceiro candidato tem fixação por meu xixi. Ai, que vergonha! graças a Deus inventaram um nomezinho elegante para isso: urofilia. Olha só, ou uma coisa ou outra! Não imagino quem possa conseguir fazer xixi enquanto está verdadeiramente excitado. Eu devo ser muito careta porque não topei.
Olhando bem, sou eu a esquisita. Não gosto dos clichês sexuais e, para não dizer que sou cem por cento travada, meu candidato Dexter gosta de dor, gosta de apanhar, gosta de ser submetido. Eu entrei no jogo: tenho chicote de couro ecológico, sei queimar com vela de canela, sem deixar marcas ou hematomas; sei amarrar muito bem e me surpreendo com minha habilidade para exercer tortura.
Ah, o clichê, gosto de estar de salto alto para fazer tudo isso...gosto de sobretudos e de botas de cano alto.
Exceto isso, sou muito normal - tão normal que beiro a sem-gracice.

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