Louquética

Incontinência verbal

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Ele me odeia!


Estar sem computador continua sendo um martírio. De fato, joguei a toalha, vencida, nocauteada, porque o meu computador de sempre entrou em greve, em paralisação de suas atividades e não atende a apelos ou negociações. Resultado: joguei fora. Fiquei com medo de alguém atar meus arquivos e meus segredos, minhas fotos indevidas que tenho somente para meu deleite narcísico pessoal, porque sei que o tempo me devora, leva os último ares de juventude que ainda habitam em mim. Ficou somente o monitor. Sim, criei lixo eletrônico e matei a parte física do computador como quem dá mando de assassinato a uma testemunha indesejável, como queima de arquivo. Mas fiz, sim, isso com muito ódio: se houvesse uma causa física para meu computador empacar feito mula, tudo bem. Porém, o caso é todo de software, e isso me enlouquece.
Faço birra contra a tecnologia por causa dessas coisas: como é que pode um aparelho me deixar na mão sem causa concreta? e suponho que todos os computadores sejam feitos para o efêmero, para criar a eterna necessidade de substituição. Penso que devem haver espírito obsessor no ramo da tecnologia. Se o computador for possuído, já era! o meu estava vendido para o capeta!
Meu computador me odeia. Não há argumento nem explicação lógica para nossa recíproca aversão. Passei a odiá-lo por ele me deixar em alta em momentos decisivos.
Pior foi comprar um que computador que nunca chegou: meu amigo me fez a proposta de venda, eu acreditei, fechei negócio e nestes últimos dias ele se recusou a me entregar o computador. Não oi assim um recusar declarado e deliberado, mas uma amarração para retirar programas e restaurar outros...Tudo sempre ficando para amanhã, para depois, para mais depois... Até que eu concluí que era coisa para 'nunca mais' e arrisquei a amizade ao desistir do negócio. Acho que ele ficou aliviado. Sou indecisa com as coisas, mas não com negócios: se não quero vender, para quê proponho? se não quero comprar, para que faço outra proposta?
Espero que o outro computador comprado virtualmente chegue.Até lá fico nos quebra-galhos da vida, rezando por um pouco de privacidade para escrever.


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