Louquética

Incontinência verbal

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Pés no chão, que o tempo passa!


E assim o ano passa e só então a gente se dá conta de que 365 dias são dias para caralho! é muita coisa! ao mesmo tempo, é quase nada porque a vida se faz de pequenos episódios nada extraordinário. E quando o extraordinário acontece, a gente fica em êxtase.
Foi um ano bom para mim, embora cansativo.
Há pouco eu recebi um e-mail do Ex-Grande Amor da Minha Vida, em que ele me explicava que sofreu um acidente brutal, enquanto andava de bicicleta, quebrou a mão e o punho, fez cirurgias e não conseguia escrever.
Ontem eu encontrei meu ex-namorado que era o astro da Astronomia. Andamos lado a lado e ele foi me parando para me mostrar os planetas, diferenciá-los das estrelas, me mostrar constelações que só ele entende...Pessoa mais linda, neste sentido - fisicamente vai muito bem.  E eu me sinto tão feliz pelos amores que acabam bem. Poxa, que dádiva!
E se não acabar bem, que pelo menos o tempo seja suficientemente amigo para reprocessar as coisas, as mágoas, o que ficou de bom.
Assim como me escondo de FJ, porque ele me persegue e arma situações para me encontrar, escondo-me daquela que pensa que somos amigas, pois ela almeja um natal em comum. Como, cara pálida, se eu não engoli as misérias e falsidades que ela me fez ao longo do tempo? Como ela pode ignorar o que sei e o que percebi e achar que não lembro de nada que perdoei?
A gente pode se apropriar do tempo, mas ele é nosso dono, rói nosso corpo, deforma nossa memória, mas também ajuda a superar as dores, a entender as coisas. No fundo, não sou inimiga do tempo. Aceito-o. E se alguém me pedisse um tempo, eu não daria: todos temos pouco tempo. Cada qual que cuide do seu.


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