Louquética

Incontinência verbal

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Doces doses de ser


Tem épocas em que é preciso espantar a tristeza às vassouradas e o medo a pontapés. A vida não está um mar de rosas, nem tudo está em ordem, mas não posso reclamar de infelicidade e de coisas mais profundas a demandar chateações.
Desta vez, consegui domar minha agonia: acabou o compromisso, a coisa séria a fazer, e as passagens aéreas foram compradas prevendo uma permanência maior por aqui. Ocorreu de tudo ser compactado e sobrar tempo...Fazer o quê, se tentar remarcar uma passagem aérea gera um prejuízo absurdo e majorado pelo período de carnaval, chega a cifras estratosféricas?! E eis que fiquei. Creio que aprendi aquela dura lição em Campinas, quando tudo deu errado e eu tinha hotel e passagens reservados para cinco dias depois de minha chegada. Desesperada, fiz tudo errado: esvaziei minhas reservas, antecipei minha vinda, cometi desvarios para voltar para casa. Não, nunca mais faço isso.
Fiquei e adorei conhecer Fortaleza.
A Praia do Futuro foi a melhor praia que eu conheci - em água, em beleza, em estrutura...Um show! maravilha!
O Centro Cultural Dragão do Mar, outra maravilha. A vida cultural, convidativa como um todo! então, valeu!
De vez em quando penso em que ficou por lá, num cantinho de minha lembrança: Vinícius. Não tem jeito: gosto dele. Sinto a falta dele e temos alternado o estar-bem e o estar em guerra...E minha sempre pouca paciência a ditar; " Mara, desiste e segue!". Sigo e penso que desisto. Que menino complicado e cruel...História circular.
Vou deixando de me importar com outras coisas, amortizo os desesperos, deixo o tempo passar e tenho medo das saudades que levarei. No fundo, em alguma medida, a gente se acostuma aos novos contextos, aos cenários, ao convívio.
Na vida, aperto um "off" e desligo os desesperos - é preciso aceitar que se pode estar tranquilo, que há remédio para nossa mania de ser sempre do mesmo jeito ante o que parece não ter jeito.


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