Louquética

Incontinência verbal

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Das batalhas e das escolhas


Nem sei se isso é preguiça ou acomodação, mas em maioria, nós somos bastante afeitos à lei do menor esforço. Nem há novidades, é o de sempre: as pessoas querem emagrecer sem deixar de comer à vontade; ter um corpo bonito sem fazer exercício; passar em concursos sem ter que estudar; ganhar sem ter que lutar, enfim, que Deus provenha as coisas, os prêmios, as conquistas...
No fundo, sabemos a receita: para mudar o que está ruim, não tem jeito, é a gente que tem que planejar e mudar.
O emprego ruim vai ser eternamente ruim. Para sair dele, só ficando nele e ir, em paralelo, se preparando, com cursos e concursos, a longo prazo, para fazer uma troca melhor; para sair de um relacionamento ruim, não basta parar e esperar outra pessoa que venha substituir a atual, é necessário ir trabalhando o distanciamento emocional e ir se melhorando para fazer jus e causar interesse em gente interessante...Enfim, nada se faz sem nossa participação.
Às vezes, o fato de sermos planejados, metódicos ou calculistas, é muito mal interpretado. Porém, sem organização e método, não se faz nem um bolo. Improviso é coisa de falta de profissionalismo, é uma aposta cega e um recurso ao que se deve dar vazão apenas se todas as alterativas possíveis forem esgotadas.
Só se conserta uma quebradeira financeira através de dinheiro. Para ter dinheiro é preciso ganhar e guardar uma parte.
Para poupar, comece guardando quantias insignificantes. Aqueles 20, 50 ou 100 reais por mês, que não lhe farão falta. Que seja pouco, mas que seja continuo.
Largue lá, na poupança. Não faça conta. Considere como sendo uma prestação.
Apenda a deixar seu dinheiro quieto. Consulte seu saldo apenas a cada quatro meses, para evitar ansiedades.
Só se permita sacar a partir do décimo mês.
Pronto! Agora você tem dinheiro. Aos poucos, vá aumentando o valor de seus depósitos.
Não se deixe vencer por gente invejosa: tem pessoas que acham que guardar dinheiro só vale se previamente se tem uma meta. Não: a gente guarda para ter tranquilidade. Você pode até dar um nome à sua poupança, mas aprenda a guardar dinheiro à toa.
Quando bem entender, use. Mas nunca deixe sua conta zerada.
Se puder, aplique em títulos da dívida pública ou em dólar, sem medo. Seu dinheiro não vai desaparecer se você o aplicar em fundos confiáveis. Nunca esqueça que capitalização não é poupança e é uma roubada, uma fria, uma cilada. Não vá nessa.
Se vai comprar carro, saiba esperar. Dá para comprar à vista ou, pelo menos, financiar o mínimo possível.
São apenas conselhos. Eu diria o mesmo para quem quer emagrecer: siga comendo o que você gosta. Diminua a quantidade de modo que não afete seu prazer de comer. Diminua 100gramas, um bombom, uma guloseima, um pão... apenas diminua.
Espere um mês. Vá diminuindo e substituindo gradativamente por alimentos menos calóricos e igualmente nutritivos. Consulte seu peso mensalmente, Se valer, prossiga com ajuda profissional e reoriente a sua dieta.
Ande 500 metros num passo mais acelerado de caminhada. 500 metros qualquer um pode caminhar.
Aumente gradativamente, contanto que não lhe cause desconforto e se você não tive impedimentos cardíacos ou restrições de saúde para atividades físicas.
Escolha sua forma de atividade física e veja o resultado.

Nesses breves conselhos, meu recado clichê para quem quer mudanças: dê o primeiro passo. Traga para si a responsabilidade de mudar. Ninguém faz isso por nós. Faça a diferença. Faça diferente.

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