Louquética

Incontinência verbal

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Madrasta: o nome basta!


Tive madrasta. Talvez só quem tem ou teve madrasta sabe o que é isso.
Não estamos, aqui, falando da substituta da mãe, nem dos estereótipos firmados a partir dos contos infantis:elas excedem isso. A gente só acredita quando a mídia noticia suas tragédias...
Mas, é assim como nos contos infantis: um pai nulo, inerte e omisso...e a madrasta e sua força devastadora!
Assim foi a minha: a mais perversa e maligna que poderia existir. É, Dona Elizete era de meter medo no bicho-papão, quanto mais em mim, criança de 07 anos a saber de sua existência começando a invadir a minha e, depois aos 11 anos, filhote de pássaro em mão de predador!
Mas ela ainda está viva, agora. E meu pai continua omisso. A única diferença é o processo de cicatrização das feridas que ela causou e seu progressivo processo de se tornar pretérito.
Mas, é assim: nunca esqueço dela antes, no meu antes, numa página de passado que eu consegui tornar passado. É uma passado que não apaga as ralhas ouvidas, as violências sofridas, as dores tantas, as opressões ímpares e a sempre dor.
Viva a Psicanálise!

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