Louquética

Incontinência verbal

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Pontos de vista


Sei que muitos de vocês reclamam sobre o fato de eu reclamar muito da vida.
Ainda hoje de manhã eu perguntei isso a Ângela: "Ângela, a gente subestima a felicidade dos outros, ou a gente vive reclamando porque somos nós a exigir demais da vida?"...não vou contar a resposta para vocês.
Mas, estou aqui para apresentar alguns pontos de vistas acerca do dia de ontem, dia do meu aniversário:
Acordei saudável e inteira, num dia ímpar e de muitas promessas e fui cuidar de tomar café.
Passei o dia preguiçosamente em casa, almocei pouco, estive sozinha contemplando o dom de existir, pensando nas conquistas que tive, nas dádivas recebidas e nas coisas que eu ainda quero conquistar.
Planejei, então, comemorar na Boomerangue o meu aniversário, já que, de presente, uma banda de que eu gosto muito, após 04 anos se reuniu e faria sua apresentação a partir das 17 horas de ontem.
Por motivos alheios às minhas escolhas, acabei não indo o show, mas, ainda assim, meu aniversário continuou sendo um dia especial.
Bem, esta foi a versão otimista. A versão que uma pessoa NORMAL escreveria.
Agora, na minha versão (eu deveria ser chamada de Dona Casmurra, não é?)
Acordei retada por ter perdido a festa do sábado à noite, já que eu estava sem companhia para ir ao EREL. Ao sair da universidade, pouco depois das 18 horas eu estava era me coçando de vontade de ficar, mas tinha coisas a fazer (das quais comprar ração para os meus cachorros). Aí, já sabem: a gente volta para casa e parece que dá um visgo e a gente não sai mais.
Então, tomei café e fui arrumar as coisas para viajar à tarde.
Assisti às séries meio idiotas que eu nao tenho tempo para assistir durante a semana. Pensei que iria ao Boomerangue sozinha, mas nem liguei.
Meu -ex apareceu no portão, com um ovo da Páscoa e um presente de aniversário para mim. Pensei em chamar a polícia. Pensei, depois, em chamar o pessoal do hospício. Pensei em chamar o IBAMA, porque eu não sabia o que aquele animal estava fazendo ali. Acabei nao chamando ninguém.
Ouvi seus queixumes repetitivos. Fiquei de saco cheio.
um perseguidor desinteressante me ligou, também (não atendi o telefone). Cheguei à conclusão de que os deuses estavam me sacaneando ou que o mundo espiritual adora uma comédia e tinha me sorteado para atriz naquele domingo.
Comédia para uns, tragédia para outros.
Fui à rodoviária. Nada de ônibus para Salvador antes das 17h30min. Como eu digo sempre, "O povo unido, é gente demais!" a rodoviária mostrava a união do povo!
Dei um tempo em casa, já que minha passagem era para as 18 horas.
Pensei que chegaria atrasada para o show. Tudo bem, era na Rua da Paciência, sinal de que eu também deveria ter paciência.
Menos de 30km depois de Feira, o congestionamento pegou!
Tive pensamentos otimistas: "Já-já passa!"; "Legal, estou passando meu aniversário cercada de gente"; "O show vai atrasar e eu ainda chego na melhor hora"...
Duas horas depois, eu nem tinha avançado 60km de Feira, o otimismo acabou.
Fiquei mandando torpedos, rindo da situação. Atendi telefonemas de gente que eu amo (Inclusive seu, Leonardo Plantis) e me consolei.
Assisti, no ônibus, pela vigésima vez, a O terminal, com Tom Hanks. Achei que aquilo não era comigo, mas depois vi o Destino me dando indiretas e os deuses brincando com a minha cara. Haja ironia!
Às 21h10min, chegamos ao Terminal (no caso, rodoviário, embora fosse eu a estar em estado terminal)...mais 10 minutos para entrar nele, já que era ônibus que não acabava mais.
Costumo dizer que estando todo mundo, ao mesmo tempo, no mesmo lugar, para fazer a mesma coisa, nao pode acabar bem!
Glória a Deus: saí do ônibus, comprei torta na rodoviária, lutei por um táxi (consegui um!) Cheguei ao prédio, fui cantada pelo porteiro (já não posso reclamar da falta de pretendentes, não é?) e fiquei conversando com Ângela sobre esta data querida.
Para quem não acredita em inferno astral, repito o meu caso: "Vênus está alinhado com a casa 24, o que indica sérios problemas de parceria sexual em minha vida; Sendo ariana de 12 de abril, signo de elemento fogo, isso me deixa vulnerável a perder a cabeça; Saturno, que vive retornando a toda hora, está paralelo a casa 103, que é casa de meu vizinho casado e cafajeste, cuja esposa tem passagem pela polícia por tentativa de homicídio...

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