Louquética

Incontinência verbal

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Os reais valores


De uns tempos para cá tenho estranhado a facilidade com que as pessoas procuram problemas comigo. É uma ironia procurar problemas comigo, já que eu tenho os meus próprios e já me conformei com eles. Cada um procure os seus! Não vou acusar a Lei de Murphy, a lei da causa e do efeito, nem a Lady Gaga - porque eu perco a paciência, mas não perco o senso de humor.

Eu poderia pensar de mim mesma que tenho mania de me vitimizar, mas este pensamento eu já excluí. Vejo que do nada, sem motivo algum, certas pessoas se acham no direito de me dizerem qualquer desaforo, de subtraírem meu direito de defesa ou não procuram se dirigir a mim com um mínimo de respeito.

Num dia, é uma pessoa que se torna ex-amiga, sem explicações, sem diálogo, sem suposta coerência; noutro é alguém que me avança palavras agressivas a pretextos de que eu estava fazendo contas mediocremente quando do cálculo de nossas despesas conjuntas naquilo que seria uma saideira de diversão; daí me vem alguém que perde completamente a humanidade comigo, por conta do atraso no pagamento das despesas em comum na casa dos professores.

Fico indignada por tudo isso.

Sou generosa: divido meu pão e meu croissaint, "meu vinho e meu champagne", não faço questão de nada e, ao contrário, prensenteio às pessoas sem motivos formais. Tampouco sou negligente com contas ou com dívidas.

Entretanto, a forma agressiva como o colega se dirigiu a mim, por duas vezes, por e-mail e por recado, muito me deixou perplexa.

Que indelicadeza! Só assim entendo "da força da grana que ergue e destrói coisas belas"...que falta de humanidade, haja vista o momento vulnerável que eu atravesso, as circunstâncias e meu histórico de idoneidade moral e financeira.
Os valores que realmente importam são os financeiros?
De onde virá essa tendência a achar que eu vou me furtar a reagir à agressividade, que eu vou suportar calada às indecentes atitudes cuja violência real e simbólica me atingem?
La plata es el que me falta. Só isso!

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