Louquética

Incontinência verbal

quinta-feira, 13 de março de 2014

Namoro e Fantasia


Depois de um tempo infinito, voltei à sex-shop no último sábado.
Havia muito tempo que eu tinha perdido o interesse em me fantasiar de qualquer coisa e de comprar acessórios para diferenciar a vida sexual. Mas fui e percebi que ia para me agradar, não para presentear terceiro com novidades. Isso é também muito triste: Nenhum homem despertou em mim, até então, o desejo de ser agradado sexualmente; nenhum relacionamento me trouxe  a vontade de incentivar os jogos sensuais.
Porém, comprei o que eu bem quis e o que me pareceu interessante. Na fase atual, não estou exatamente com um par que me empolgue em vários planos...Tudo morno.
Não sou muito de ceder, de abrir exceções frente àquilo que não quero. Mas vou admitir: tenho assumido formalmente o meu relacionamento chato nas redes sociais.
Não gosto de dar satisfações sobre meu estado civil e considero que, uma vez que não sou casada, sou solteira mesmo. Ter namorado é estar solteira. Não vejo motivo para declarar que a relação é séria porque isso significa uma promessa de compromisso e durabilidade que nem sei se será possível. Mas ele pediu e eu alterei meu perfil. Cedi. No mínimo ganhei ao afugentar certos tipos que sempre se insinuam, mesmo o FJ, que bisbilhota minha vida e vive telefonando para propor almoços seguidos de sexo e apego inconstante e conveniente para ele.
Tenho um sério problema com isso: Por que são os homens a determinar a natureza dos relacionamentos? Por que o namoro é sério a depender dos homens e de suas vontades?Por que se preserva tanto esse ideal de ser a escolhida por um homem? Minhas escolhas, ficam aonde?
Daí que escolhi que não queria mais o F.J.
Daí que falei para o Sujeito Indeterminado meus posicionamentos reais. E logo que eu mudei meu perfil, dois ex foram lá, curtir meus status. Pura ironia deles.
Não conto onde trabalho, onde moro e quem consulta meu perfil se decepciona com a escassez de dados. Minha vida de lazer não tem ostentação: é foto rara de cada evento, de namorados, quase nenhuma ou, as que há, não deixa claro quem são aquelas pessoas. Hoje, então, que meus primos conservadores lá de São Paulo me ligaram para me adicionar na página deles, aí é que lascou porque odeio dar satisfações.
Sabe por que inda não me desvencilhei de me referir ao Ex-Grande Amor da Minha Vida? Porque nunca mais amei ninguém daquela forma; nem tive uma relação com aquela qualidade e força afetiva. Parece que depois de 2007 eu nunca mais amei.
Tive pequenos e significativos amores. Tive amores de desesperos e paixões sexuais ensandecidas, tive hipnoses físicas e eróticas por um certo sujeito de olhos cor de violeta - aliás, tenho medo do poder dele sobre mim, até hoje, mas é hipnose mesmo....- e agradeço e respeito cada ser humano do sexo masculino que atravessou meu caminho e entrou em minha vida mesmo que por curto período. Porém, nenhum foi um grande amor.
Nem sei se eu teria coração para isso. Sublimo muito, para não sofrer de novo.
Também não gosto de homens covardes, apesar de minha vida ser povoada de exemplares deles. Se a pessoa não quer envolvimento, não procure envolver os outros... E relacionamento é sempre troca - de coisas boas e ruins - e onde não há reciprocidade, nada há ali além de sombras de egoísmo. Até sinto falta de R., maior representante do tipo descrito, mas é sentença declarada.
Não sei se me sinto namorando Sei que há coisas em falta e tomara que não seja minha liberdade, isto é, meu ponto fraco ( ou forte, a depender do ponto de vista).

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