Louquética

Incontinência verbal

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Fogo amigo


Era uma pergunta simples, que exigia uma resposta simples e, fosse meu interlocutor humano e solidário, mereceria uma resposta leve e pitoresca. Mas, não: ele foi esnobe e tripudiou sobre mim, dando a entender que pessoas 'como ele' não precisavam comprar ou pagar pelo que eu perguntava, que isso era serviço de terceiros a favor dele.
Imaginem aí, a simplicidade da pergunta? Era algo tipo: "Você, que vai ao supermercado toda semana, poderia me dizer que sessão ficam os produtos X, e a média dos preços?". Mas ele inventou todos os subterfúgios para ser esnobe, para dizer que ele nem teria como saber e, não sendo esta a pergunta feita, ressaltando que aqui dou uma exemplo similar, seria impossível alguém comprar algo, pagar por algo e nunca se ocupar de saber o custo, ainda mais neste caso, em que é exigido o porte de determinado comprovante de pagamento. por mais que terceiros comprem ou paguem para ele, há apresentação obrigatória do comprovante, onde consta também obrigatoriamente o valor do que eu perguntara.
Perguntei por necessidade e em vista de nossa extensa intimidade...Não me importo com a resposta, mas com o desamor. Ele foi pouco amável, idiota mesmo. E para quê ele precisava da arrogância em cia de mim?
Acho que, no fundo, ele nunca teve humildade mesmo. Tem suas razões para isso, mas é essa falta de solidariedade que me assusta. Acho que nem para um inimigo eu dispensaria essa aspereza de arrogância.
Deixo meus inimigos em paz. Todos. E se por acaso se lascarem, que se lasquem; Se forem vitoriosos, desejo-lhes justiça. E isso foi uma construção lenta e até certo ponto atemorizante, pois eu era vingativa, até perceber que diante de algumas injustiças sofridas, não sendo eu a única a ser vitimada, aquelas pessoas inimigas, que tinha a mais que eu, invejavam meu lugar, meu entorno, minha vida e que, na verdade, eu incomodava a felicidade deles.
É assim: sou da batalha. Jogo, aposto alto, pago o preço, viro a mesa, mas jogo limpo e não mudo as regras no meio da partida, ao contrário de muita gente sensível e frágil que empregou seu tempo em fofocas, intrigas e que esperavam eu sair da sala, para poder articular contra mim. Isso, é lógico, amparado na simpatia geral e no perfil da fragilidade e sensibilidades estratégicas, regadas a boas doses de drama, autocomiseração e apelos aos sempre alimentados eventos depressivos. Isso, sim, não é coisa de amigo. Mal de mi que, conscientemente, nunca fiz mal a esse grupo de gente e se desejos de vingança se mostraram presentes, eram antes por meu ódio frente a tantas injustiças, já que eu deixo as pessoas em paz.
Talvez seja a ação de meus inimigos, que são amigos dele, a influenciar a pessoa a ser aquilo que ela vem se tornando. Nós que éramos grudes, parceiros, cúmplices e que eu gosto de verdade. 
Agora, sim, tudo mudou. Mudou dentro de mim, estilhaçou, quebrou e eu quebrei a cara...Por que tripudiar sobre mim?qual a necessidade? auto-afirmação sobre mim, partindo de gente amiga?Fogo amigo, já que eu não estou em batalha contra ele, não estamos em campos opostos ou, pelo menos, assim eu pensava. Saí ferida da batalha que ele criou..E era só uma pergunta simples, de quem queria informação;

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