Louquética

Incontinência verbal

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mantenha distância!




Faz tanto tempo que não saio para dançar! Dançar mesmo, até o pé doer, até adiar o sono e passar o domingo do sofá para a cama, vendo seriados reprisados no Canal Sony, bebendo o suco do arrependimento (cenoura, laranja e gengibre; ou só cenoura, ou cenoura com limão), com o apetite em desvario: em casa, sozinha – que é mais gostoso.
Domingo, o day after, é para lembrar os acasos, o beijo em Rodrigo, os flertes, a vida alheia bêbada, as coisas que acontecem com as amigas, os foras, as gafes, as músicas... E dormir, dormir.
Mas ao contrário disso, nesta cidade só chove. Tudo frio. E nenhuma festa. Festa só em 7 de setembro, no Botekim, com a 80 na pista. E eu vou, se Deus quiser!
Tenho mil ensaios para corrigir, resenhas para corrigir, diários de classe para passar a limpo, aulas a repor, já que me convocaram depois do semestre estar em andamento. Tudo isso e um bando de alunos enrolões, que fogem dos prazos e das responsabilidades, que procuram os pretextos mais inconsistentes para não cumprir as avaliações. Gente que quer ser aprovada de graça. Esses são os da universidade ' de lá'. Os da universidade 'daqui' simplesmente arranjam laudos de última hora atestando que eles estão com problemas nas articulações, transtornos bipolares, lesões invisíveis e perda conveniente das capacidades mentais.
Para arrematar o clima, não só terminei com o Zero Dois como excepcionalmente, como nunca antes na história de minha vida, bloqueei chamadas vindas do número dele, adicionei na listagem geral de rejeição e excluí o número de minha agenda. Poxa, nunca dei ‘um nunca mais’ tão bem dado!
Mas se a ação foi extrema, a situação que a gerou também foi. Sim, ganhei paciência, com o passar do tempo, mas Zero Dois extrapolou minha paciência. E olha que eu gostava da companhia dele, da pessoa em si, das afinidades, do gosto musical, do gosto dele (de forma ambígua mesmo!)... Mas posso dizer com toda ironia que atualmente Zero Dois deixou um gostinho de quero mais: quero mais que se exploda! Quero mais é longe de mim. E ficou nisso: mantenha distância.

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