Nem ligo para o fato de hoje ser
sábado de feriadão e eu não sair. Saí no sábado anterior, fui à Groove ver a
gravação do DVD da banda cover dos Beatles, a Night Forever, me diverti, dancei
e ainda dei uns pegas num Babacantropus Erectus
de Neanderthal, um tipo primitivo que é primo da minha amiga Lu. Como eu
queria mesmo aliviar as tensões, apostei e cedi às cantadas. Não tive ressaca
moral, mas fiquei irada ao descobrir as páginas a que ele se associa no
Facebook – tudo antifeminista, babacas, abobalhadas, fúteis e infantilóides.
O problema é também outro: O Babacantropus parece que pega mulher
para provar a si mesmo que não é gay. Chato performático, Cirque du soleil, que aguentei muito mais pelo desafio e ousadia de
ultrapassar minhas barreiras moralistas do que por opção consciente. E a prima
dele, que é minha amiga, é gente fina. Vamos fazer de conta que eu não tive
culpa: ela disse “fica!” e eu fiquei com o espécime primitivo. Não obstante,
casa cheia, sala cheia, quarto cheio, após as quatro da manhã eu não tinha nem
juízo nem discernimento e estava mais interessada em ocupar um lugar ‘ ao sol’.
Bom, tudo isso é mentira: respondi aos apelos de minha carne. No entendimento da
minha carne com a Outra carne, digamos que se não deu um filé caprichado, pelo
menos o prato foi digno para matar a fome com seu tempero básico. E haja
metáfora!
Ah, sim, o espécime era
branquinho, musculoso by academia e prováveis anabolizantes moderados, sem
repertório intelectual, estudante de Direito, 26 anos e ainda dependente de
papai. Ponto final neste assunto, que entra na conta das diversões do sábado à
noite, pois que eu andava cansada por estar carregando os fardos da existência
etílica de outro ser humano que se instalou aqui em casa devido a um luto e uma
crise.
No domingo fomos à praia do
Flamengo. Para quem não dormiu nem três horas, até que resisti bem ao sol e à
cadeira, mas depois que chegamos em casa, dormi às 19 horas e quase nem aguento
comer ou tomar banho antes. Estive dopada de sono. Por estes antecedentes,
perdoo meu feriadão atual em que reina a monotonia, o tempo nublado e um sono
besta e persistente. Ainda penso em me abalar até à The House hoje à noite para
dançar.
Vou ficar lendo um livro
excelente que me devo a leitura e corrigindo chateações da universidade,
textos, trabalhos e etc. Roupas para lavar, livros para ler e um coração meio
esvaziado porque não pinta nada que mexa realmente com meus sentimentos
ultimamente. Reajo ligeiro em casos de decepção. E se a fila não anda, também
não empaca sempre. No resto, vivo as pequenas felicidades que me batem à porta
e tenho o que fazer – o texto do Colóquio, o artigo da revista, as coisas para
arrumar, os planejamentos, nada que não se misture à felicidade geral de estar
em casa e na ativa. É divertido existir e isso às vezes basta!
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