Louquética

Incontinência verbal

segunda-feira, 25 de abril de 2016

As dúvidas e as alternativas


Há momentos em que não ter alternativas nos deixam encurralados, entristecidos e perdidos. Porém, ter alternativas demais gera a angústia da perda a partir das escolhas.
Estou com medo. Não gosto de decidir para não ter que arcar com o ônus...Por enquanto, as alternativas são poucas, mas radicais, excludentes entre si...
E abandonar meus lugares cômodos, não é tarefa fácil.
No sábado fiz uma sessão avulsa de análise - eu estava entristecida demais pelos rumos do meu namorinho com Ele. Estava com a cabeça baratinada e uma ressaca de sono da sexta passada entre três bares, a dançar e conversar, porque não consumo álcool.
Cometi um ato falho que puxou o enredo de minha vida dos quatro anos até agora. Foi só o lapso de ter dito "Alunos infantilizados", ao invés de "Adultos infantilizados" e daí escorregou a gama das questões.
Também, era uma profissional FODEX, de alta competência mesmo. E se tem uma coisa que eu sofro e apanho calada, é quando uma verdade vem bater na minha cara e eu sei que depois de enfrentá-la, tudo estará resolvido.
Feridas narcísicas, hematomas espirituais, sim, eu tenho...Mas vão cicatrizar.
Até o mais leigo dos seres perceberia que fui de um evento de família à esfera profissional, passando por várias outras. Mais uma a me confirmar como histérica - que, aliás, toda mulher é e uns raríssimos homens, também.
Nunca me convenceram mesmo de que sou egoísta. A sessão de terapia do sábado veio a confirmar: as alternativas que a vida me dá e as que eu crio, são sempre permeadas por pensar nos outros como em mim mesma. Porém, anulo a mim mesma, porque me sinto responsável pelo outro. Todos são, pois, 'adultos/alunos' infantes que dependem de mim e do meu papel de velar por eles.
Repito erros crassos, que são de minha personalidade.
Finco pé nas decisões tomadas: voltar atrás de uma decisão, não é comigo. Por isso a demora, a vertigem de decidir...
Já falei com Ele. Já estabilizei minhas angústias, pois se assim não fosse, não escreveria.
Não escrevo se estou mal.
Não escrevo se estou mega-feliz.
Dois extremos difíceis, porque na felicidade eu gosto de silenciar e viver.
Estou no meio do caminho, feliz em certa medida, pelo reconhecimento dEle frente à minha escrita, pelo respeito aos meus argumentos... - Ah, escrita acadêmica. Não dessa escrita solta e louca daqui, que não divulgo por aí...
Hoje foi um dia em que, de fato, as alternativas foram se apresentando...Não sei se há resposta certa, alternativa certa...Espero saber escolher.

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