Louquética

Incontinência verbal

segunda-feira, 29 de março de 2010

Meus grandes amores


Faltei à aula hoje à tarde, depois de um dia cansativo em que acordei às 06h45min, tentando ir à aula de Latim, mas desistindo lá mesmo na universidade.
Aí, hoje à tarde, fiquei em casa com os meus bichos. Alternava A República, de Platão, assunto da aula de amanhã lá na UFBA, com a atenção que os meus gatos pediam.
Fico abobalhada, içando um ratinho de pelúcia, para meus gatos ficarem brincando.
Gosto muito deles.
Pela primeira vez, minhas três gatas (únicas adultas do grupo) tiveram uma gestação, com intervalo, entre as mamãe-gato, de uma semana ou 10 dias entre elas.
Assim que os filhotes de todas haviam nascido, era uma confusão: elas sabiam quais os filhos delas, mas não se furtavam às aglomerações da amamentação. Resultado? 07 filhotes lindos, saudáveis, travessos...
Não entendo, ainda a atração deles pelos fios do home-teather, nem pelos porta-retratos de vidros, mas eles têm noção de que se eles causam barulho forte, vai pintar bronca minha. Espertos, se escondem.
O senso comum diz que há os que preferem os bichos porque têm medo de seres humanos.
A psicologia mostra, porém, que quem não é capaz de criar um bicho está evitando relacionamentos, isto é tem medo de qualquer espécie de relacionamento.E de relacionamentos com seres de qualquer espécie.
Tenho gatos, cachorros e galinhas: não é metáfora. E amo a cada um deles.
Para minha sorte, Raquel, minha vizinha, também gosta de bichos. Então, a gente se reveza no cuidado de muitos outros bichinhos deixados na porta da gente, enjeitados por aqueles donos escrotos que gostam do bicho enquanto eles estão sadios, ou enquanto são filhotes. Assim foi com Raika, que hoje tem um pêlo lindo, é saudável, amada e muito carinhosa.
Os bichinhos da foto são adotivos, isto é, eram meus mas foram morar com o pai deles - a partilha que acontece quando a gente desmancha os namoros. O cachorro é Belic, e eu tive que deixá-lo ir porque ele atacava minhas galinhas (elas são para existir, não para comer)e Lincoln, porque eu fiquei com toda a família de gatos, era justo que ao pai coubesse pelo menos um. O jacaré de brinquedo é o chamego de todos, mas também dei na partilha, para a casa do pai deles.
Se me perguntarem de verdade, eu direi que me encho com eles, que os latidos me irritam e me acordam, que miados demais me torra a paciência, que eu acho que o galo aqui de casa está desregulado (cantando fora da hora) e que eles me dão uma despesa monstro...mas perto do que eles me dão, não tem preço! a vantagem é toda minha.
Amo os meus bichos.
Dou graças a Deus por ter uma área de 727 metros quadrados para viver com eles. Todo mundo tem alojamento, tem lugar para correr, árvores para subir e minha rinite fica a salvo do convívio constante com os pelos, porque eles não dormem em minha casa, mas na casa deles.
Aprendo sobre convívio com eles. Aprendo muito.
Eles convivem com as diferenças deles: os cachorros convivem com os gatos e estes, com as galinhas...bem, sobra para as lagartixas e passarinhos, que são alvo de todos eles.
Então, beijos para Bruno, Raika, Andrezinho, Silvinha, Juninho, Ana tereza, Tereza Letícia, Lise, Mal educada, Gremlim I, Gremlim II, Frajoly, Renatinho, Panterinha e Dinny - meus amados bichos.
Tenho um amor infantil, tatibitate por meus bichos!

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