Louquética

Incontinência verbal

sábado, 7 de dezembro de 2013

Na direção certa!




Pelo andamento da vida, realmente não dá para viver sem carro. Hoje, nesta noite de sábado, fiquei em casa porque minhas atuais amigas não têm carro. Para sair, gastam cerca de 30 a 50 reais em táxis de ida e volta para as festas, o que onera tudo, ainda mais quando o cálculo é pensando no tocante ao ingresso de entrada nas festas e no consumo nas casas de shows. Aí a conta se torna astronômica.
Resolvi comprar meu carro, mas também hesito em ficar com os tostões a conta-gotas. Gasto horrores em Salvador, para trabalhar. Em dezembro, feira de Santana e Salvador adotam a Bandeira dois nos táxis, a fim de compensar um Décimo terceiro salário para os taxistas. Fico lá quatro dias na semana: táxi para ir da minha casa, aqui em Feira até à rodoviária; gasto de ônibus até Salvador; táxi da rodoviária de salvador para o meu trabalho; da saída do trabalho em diante, a rota contrária, mas o mesmo gasto.
Também hesito no tocante ao cansaço: apesar de tudo, experimento o caos e o stress do trânsito como passageira. Posso, inclusive, dormir e ler nos trajetos. Porém, dependo dos horários alheios e numa quinta-feira de chuva, os táxis de Salvador sumiram e me deixaram à deriva por 25 minutos... Ao surgirem, foram disputados por outros passageiros que, tal como eu, esperavam por qualquer táxi livre. Soube, depois, que eles simplesmente paralisam as atividades, declinam das corridas com medo de ficarem nos engarrafamentos, nos empoçamentos...
Para o bem de todos, preciso agilizar o carro e viver o que vivemos no dia 09/11: juntamos quatro amigas e tocamos a dirigir pela BR apenas para curtir festa e praia no fim de semana, tudo regado a risadas e cumplicidades.
O que eu posso garantir é que, uma vez de carro, não repetirei as mediocridades que já fizeram comigo, mesmo o preço da gasolina estando nas alturas, na casa dos três reais neste país sem estribeiras tributárias.
Para viagens longas, tudo bem: juntam-se os tostões, como eu mesma sou favorável e proponente quando vamos viajar no carro de uma das meninas. Para circular na cidade, se pego um carro que faz 14 quilômetros com um litro, não sou taxista nem aproveitadora, levo e trago todo mundo sem cobrar nada – primeiro por vergonha na cara; segundo por justiça, pois nem daria três reais pegar cada uma em suas respectivas casas. Passar os gastos do estacionamento para terceiros, idem: não busco o lucro e sei que a amizade e a companhia não têm preço e não podem se confundir com os negócios. Lógico que em tempos de pindaíba generalizada, a generosidade é bem vinda.
Dizem que tudo é compensado pela sensação de liberdade e de independência. Também sei que é preciso uma boa de otimismo e paciência para lidar com as adversidades do trânsito - em especial com aquele povo que acha que o sinal amarelo significa "Corra, antes que fique vermelho" e com os tantos que batem no poste e acusam o poste de estar na hora errada, no lugar errado, atrapalhando o trânsito. Por aqui tem de tudo! Mas associo o ato de dirigir a coisas positivas porque projeto sempre a diversão e a comodidade.
Nas vezes em que dirigi na Praia do Forte ou na volta de lá, ou mesmo por lá, pela rua do Castelo García D'Ávila, muito mais desfilei e me diverti porque via o pôr-do-sol e as melhores paisagens das cercanias, acompanhada por gente que eu gosto.
Vejo aquelas sacolas ecológicas da Natura com o slogan "Esta sacola carrega as minhas escolhas'" e penso que poderia pôr uma adesivo assim no meu carro: "Este veículo carrega minhas melhores escolhas"

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