Declaro, para os devidos fins, que sou louca por
sapatos, viciada em sapatos e PhD em sapatos, o que me confere autoridade para
relatar, abaixo minhas impressões de consumidora mediante experiências de campo
e conhecimento empírico do objeto em lide. Assim sendo, aqui vão minhas
considerações e conselhos para as demais usuárias.
Não sei o que houve, mas de uns tempos para cá,
coisa que não ultrapassa os dois anos, os sapatos da Arezzo não somente perderam
a qualidade, mas o design criativo
que um dia tiveram. Atualmente, são tão sem atrativos que as coleções
populares, tipo Via Uno, Tanara, Miúcha
e Azaléia, além das coleções de lojas de departamentos, como a C & A, dão um
show e comparativamente valem mais a pena.
Eu, que sou louca por sapatos, tenho a dizer que a Carmen Steffens dá um show em criatividade,
beleza, conforto e durabilidade. Podemos reclamar dos preços, que são, sim,
acima do valor da maioria dos calçados, mas eles fazem jus ao que custam.
A loja do Iguatemi Salvador não tem um atendimento
bom, como deveria ser – nem estoque. Neste ponto, é bastante variável, porque a
depender do turno há vendedoras realmente profissionais e atentas e, em outras
ocasiões, há as negligentes e ociosas. Contudo, mesmo em tempo de liquidação se
encontram bons produtos com valor reduzido e versátil, isto é, facilmente
sobreviventes às passagens de estação. O catálogo atual tem peças lindas sem
preto e branco! No tocante a bolsas, porém, é a Dumont que tem apresentado bons
preços e peças clássicas – a experiência deles com cores fortes, como coral e
variações de verde e azul, foi trágica, deixando o visual das peças
sobrecarregados e alegóricos.
Ainda no tocante aos sapatos, a Schutz anda abalando: peças lindas,
preços altos e nenhum conforto, infelizmente. Adquiri um sapato boneca da
marca, há uns meses, acreditando que o tempo resolveria a discrepância entre a
beleza e o desconforto. Nada feito: incomoda, causa calos, não comporta o pé,
apesar de ter sobras.
Uso salto alto todo dia, o dia todo. Por isso eles
precisam ser confortáveis. Ficamos mais bonitas de salto, mais femininas, mais
confiantes e mais atraentes. Logo, não queremos sofrer para obter tudo isso,
não é? Por isso eis a minha devoção à Carmen
Steffens.
Peças da Burana
também me seduziram e, até então, não reclamo: o sapato continua íntegro,
bonito e confortável desde o primeiro uso.
Para a minha surpresa, uma sapatilha da Datelli, aparentemente confortável, se
revelou um instrumento de tortura. Não compro nunca mais! E devo dizer que há anos
tive sapatos lá da Sonho dos Pés, mas
era uma beleza. Só beleza, pois conforto e durabilidade passaram longe.
E, para completar nosso diagnóstico, cuidado com as
lojas Outlet Multimarcas: aqui em
Feira de Santana tem a Empório dos Sapatos;
em Salvador tem a Outlet Shoes. Como
tudo na vida que envolve marcas de renome e preço baixo, é coisa de se comprar
com olhos bem abertos, porque a qualidade e o acabamento dos sapatos nem
sempre são de primeira qualidade e, da loja de Salvador, posso dizer que tem
muito gato a se passar por lebre.
Para os que podem dar aquela circulada de fim de
ano por São Paulo, ali perto da Praça da Sé se encontram algumas outlets de roupas que têm acessórios – e
logicamente dentre eles os sapatos – de preços bons e qualidade incontestável.
Lá eu comprei um TNG a R$ 40 reais e
já havia pago R$ 120 na mesma peça, em Aracaju, na loja TNG do Shopping Jardins.
Quando meu dinheiro permitir, vou pegar uns sapatos
da Louloux e dar o meu testemunho. O referido acima é verdadeiro e dou fé.
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