Louquética

Incontinência verbal

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Pelo amor de Eros


Estou ficando esperta: após concluir que quando eu tenho um sonho bom sempre me aparece um empecilho, um barulho, uma coisa qualquer que me desperta e me priva do prazer do sonho, tenho deixado tudo desligado e, no mínimo, meu celular fica no silencioso. E não é que deu certo? acordei no melhor humor do mundo, feliz,sorridente e disposta.
Já nem vou longe nas teorias do sonho porque já discuti isso demais. Basta-me, por enquanto, lembrar que se dormimos com sede, sonhamos com água; se dormimos com fome, podemos sonhar com comida e se bate vontade de ir ao banheiro a gente sonha se aliviando das opressões e, para alguns, o sonho se concretiza respingando na roupa de dormir.
Então, aleluia, sonhei com um rapaz lindo, maravilhoso, gostoso, loirinho, atlético e com o irmão dele que, no caso, se parecia muito com ele. Ah, que sexo bom!
Desde 29 de janeiro eu não sei o que é sexo. Como não sou lá de muitas hipocrisias, desmanchei uns namorinhos recém iniciados porque não rolou empatia sexual entre mim e o candidato.
Esse é um enorme dilema para mim:até que eu conheço gente, de vez em quando, mas cozinho a situação e até chegarmos no sexo já transcorreu um bom tempo.
Daí, quando o sexo é ruim tenho que cozinhar ainda mais a situação, para o cara não saber que eu estou caindo fora porque não combinamos sexualmente.
A vida na horizontal pesa muito para mim.
Já gostei de alguns caras e me doeu muito terminar porque o sexo era ruim - aí a gente tem que sublimar e ver se dá para levar à frente. Bem, amor não é tudo, nem sexo é tudo. Mas não dá para decidir entre os dois, mesmo que eu afirme e ache que sexo sem amor pode dar super certo.
Intimidade conta muito! você se sentir à vontade com o outro e confiar seu corpo àquela pessoa é fundamental para as coias darem certo.
Intimidade que te deixa à vontade e sem vergonha de nada; confiança para experimentar ou, simplesmente para optar pelo "simples". Bem,a propósito, adoro a simplicidade no sexo: ter o outro corpo ao alcance do seu, ao alcance do abraço e da boca...muito bom! e sexo genital, estou fora: não dá para ficar com alguém que acha que sexo é só "coisa na coisa".
No meu sonho, o meu loirinho era muito competente, parecia que tinha o mapa das minhas zonas erógenas, parecia que me conhecia há anos (o homem a quem eu mais amei era assim: compatibilidade sexual total. Sinto falta desta parte. Foi lindo ter sexo com alguém que eu amava e ao mesmo tempo me dava tudo que eu precisava...eu achava que aquilo nem era real!é tão incrível que a gente não acredita).
Não sonho muito com gente conhecida. Nem sei direito o que é isso , mas não me lembro de ter me inspirado em nenhum cara que eu conhecesse de verdade para essas coisas. Então, talvez os meus tipos sejam mesmo idealizados, se bem que fisicamente eu assumo que o meu tipo de homem, fisicamente falando, é o paulistano (paulista da capital, como eu - isso é que é projeção, hein?)
Mas ali estavámos: meu lorinho e eu, num amasso sonso e gostoso, com ele mordendo meu pescoço e me deixando arrepiada e feliz. O resto é não vou contar, mas dá para deduzir.
Acho que foi minha melhor noite de sonho neste ano. E que saciedade! Paradoxalmente, uma saciedade que desperta novamente a necessidade. Se eu encontrasse um homem assim na vida real, ora, não vou negar: "Quando bate fica"! Que me perdoem os outros homens, principalmente aqueles que não têm sex appeal.
Alguns homens falam aquela grosseria contra as mulheres, dizendo a teoria do violino. Eu, rebatendo, digo que para estes a gente aplica a teoria da vassoura - é, eu acredito na teoria da vassoura. Que horror, né? gaste os seus neurônios, menina, vá pensando na tal teoria - é, aquela que eu colocaria no pára-choque, se eu fosse caminhoneira: "Homem é como vassoura: sem XXX, não serve para nada!" - deduziu, não é?
Ah, ser politicamente correta nestes casos é um negócio muito difícil: sorry, honey, gosto de know-how, de fôlego, de tamanho, de habilidade...e gosto dos branquinhos, de altos, de gente limpa e cheirosa e não suporto pânceps (barriga, mano!), detesto grosseria, gosto de cabelos (ah, cabelos lisinhos ou flocadinhos como de um gato).
Tem um cara bem próximo, arrogante, intolerante, metido, antipático...bom, ele está me dando mole (ah, já pensou no antônimo, né?eu também...esse negócio de dar mole faz a gente pensar no duro!). Bonitinho, até, mas antipático - lá da UFBA, um exemplar raro, um remanescente heterossexual. Estou pensando - levando em conta, de novo, que em tempo de guerra urubu é galinha.
Ele ficou todo derretido para o meu lado quando surpreendeu uma conversa minha com um amigo da UNEB, lá no corredor do PPGLL da UFBA, bem no momento da expressão "aglomerações sexuais" - ah, ele voltou da porta da sala, ele nunca mais parou de me olhar, ele inventa pretextos para estar perto de mim...coitado, deve ter imaginado tantas coisas, sem saber que eu sou de brincar mas não de cometer - menos por falta de coragem do que por falta de oportunidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário