Louquética

Incontinência verbal

sábado, 30 de junho de 2012

Tecnofobias pessoais



São os meus mesmos velhos protestos: acesso o blog e vem aquele convite forçado, que é, na verdade, ameaça: "experimente a interface atualizada do Blogger" - acusando que dentro de alguns dias, eu queira ou não, isso vai acontecer.
Tem eras que eu não entro no MSN: sempre que tento acessar, me avisam de uma versão atualizada e me obrigam a fazer o download, que leva séculos a concluir e que nunca concluo porque tenho mais o que fazer.
Adoro os celulares da Motorola: duram infinitamente, ao contrário de outras marcas que a gente tira da loja e 10 ou 15 dias depois vão passar uma temporada na assistência técnica. Adoro os modelos V3, V7 e o que mais ocorrer. Porém, já não se vende por aí. Tive que me contentar com um celular "bolachão", horroroso com teclado QWERT, tipo teclado de computador, mas pelo menos, é Motorola. Todos os celulares atuais são feios, horrendos, sem flip, imensos...
Não me entendo bem com os supérfluos Ipad, Ipod, Iphone,Iphode, Inumphode nem sai de cima...Francamente, esse negócio de atualizar tecnologia merece é sonoros puta que o pariu! Poxa, se eu estou feliz com a cara do meu blog, deixa eu ter opção!
Se estou bem com um celular que seja pequeno e que receba e realize chamadas, para que me empanturrar com tecnologias infelizes?
No fundo, isso revela que tudo se transforma em lixo rapidamente. E quem quer ser arcaico? antiquado? fora de moda?
Não suporto cinema em 3D: inutilidade.
Não tenho microondas, nem nunca terei. Não tenho webcam, porque acho uma furada abrir o meu quarto para visitações e ter que me preocupar com o que é que estão vendo de minha intimidade; não tenho laptop nem similar, nem jamais terei. Já me basta esta internet em 3G, que sendo 5Gg teoricamente, é mais lenta do que o raciocínio do Ronaldinho ex-Fenômeno - cá entre nós, aquele homem me dá agonia! como ele é lento para responder!lento para entender...talvez por isso, na oportunidade em que ele saiu com os três travestis ele realmente tenha demorado a perceber, processar e concluir que "elas" não eram mulheres...
Tem tecnologia e tem engodo tecnológico, porque não vejo cremes com nanopartículas funcionarem melhor que os antigos, não.
Mas esta minha birra de não querer ter eletrodomésticos e peças inúteis é culpa do meu professor de Introdução à Economia, o Sr. Marco Antônio, que explicou à minha turma o que era CONSUMO MARGINAL,(aulas que tive nos idos de 1996, na graduação).
Nunca esqueci. Pior ainda: entendi de verdade. Deste modo, sou resistente a comprar coisas inúteis deste porte.
O consumo marginal ocorre, por exemplo, quando uma só televisão basta para um lar. Então, caberia reunir a família e assistir juntos, conforme as regras da casa, votação, acordo, etc. A partir do momento em que ponho uma televisão na cozinha ou outras nos quartos dos membros da família, ocorre o consumo marginal, porque não há a necessidade e nós criarmos ou aderirmos a um modelo de consumo que, alegando individualidade e privacidade, multiplica o mesmo aparelho pela casa.
Toda vez em que consumimos sem necessidade (os bens duráveis principalmente), há consumo marginal.
E eu não sou um exemplo de controle de gastos, não se trata disso.
O que eu faria com um microondas? pipoca! só se for pipoca! e como pipoca umas cinco vezes ao ano.
Pior que isso só se eu comprasse uma bicicleta ergométrica e seguisse o que todos fazem: usasse para pendurar roupas. Quero ver quem usa esteira e bicicleta em casa! mas todo mundo compra!

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