Louquética

Incontinência verbal

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A vida nas escolas da vida



As pessoas têm uma miopia social absurda: basta ver o que elas acham sobre os casos de violência nos ambientes escolares.
Em princípio vai aparecer um pedagogo ou psicopedagogo para explicar que os seres humanos chamados alunos não se sentem incluídos na escola. Por isso, esfaqueiam os colegas, os professores, praticam vandalismo, assassinatos e atentam contra a vida.
Depois virá um outro sujeito de algum posto legitimador, representante oficial de algum órgão, para dizer que os coitados malfeitores são vítimas da sociedade e não têm idade que os tornem imputáveis, pobrezinhos!
E os pais cúmplices, que aparecem a seguir, serão encarregados de acusar as vítimas de serem responsáveis por acionar a violência dos seus próprios filhos.
E se algo acontecer, recolhe-se o malfeitor à Fundação Casa, para uma curta temporada ou para uma mínima visita porque nada há que possa ser feito mediante nossa legislação que protege essas pessoas tão hábeis em ferir e em matar.
Nossos equívocos não ficam por aí: quando Geisy Arruda foi hostilizada no ambiente acadêmico da UNIBAN, todo mundo se desviou de constatar que aqueles adultos, de nível superior, consagrados pelo epíteto clichê de “formadores de opinião” estavam agindo com violência, agredindo, ameaçando e ofendendo uma mulher em sua liberdade de se vestir conforme a própria vontade.
A violência está em todos os ambientes escolares.
A vida escolar é vida social: há os que não são aptos para o convívio e isso precisa ser reconhecido.
Mas, claro, em tudo há um lado bom: por aqui jamais teríamos os problemas que certos Estados Norte Americanos têm. Se algum maluco inventar de querer fazer massacres, jogar bombas ou posar de atirador, o feitiço vai virar contra o feiticeiro, pois a galera da escola é bem capaz de acertar morteiros, bazucas, fuzil AR 15 ou simplesmente articular traquitanas para eliminar o sociopata. Não nem tudo é ruim, não. Não sejamos pessimistas com os ambientes de aprendizagem – a educação bélica também é educação.

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