Louquética

Incontinência verbal

sábado, 20 de abril de 2013

"A estrada é longa, o caminho é deserto..."


Eu estava conversando com a minha amiga loira e toda poderosa a respeito dos relacionamentos esquisitos, dos pares descombinados, dos casais formados a partir do desespero de causa e dos que são mantidos por desenganos mútuos. Estes últimos, então, imperam: o povo se separa, experimenta sentar em novos galhos, mas acabam retornando à relação anterior porque não acharam coisa melhor.
Apesar das falhas, yes, precisamos de homens!
Lembrei de Tati, me dizendo que nem a pior solidão do mundo a faria namorar uma mulher. Endosso esta afirmação, até porque, já temos amigas. Além disso, não há nada que eu queira num homem e uma mulher possa me dar. Estamos vendo um bando de gente se reinventando e outras se repetindo. E como eu já me repeti! 
Mas falamos das exceções também: nossa amiga C., que após muito chororô e antidepressivo, se lançou num outro relacionamento, constituiu um novo casamento e é visivelmente feliz. Este 'ser feliz' não é aquela felicidade feita de plástico, de família de comercial de margarina: é felicidade humana mesmo, com altos e baixos, sorrisos e problemas, como cabe a ser humano de verdade.
E posso falar de Leila, que teve quase que exatamente as mesmas experiências que eu, com a diferença de ter sido casada. Com o marido, após a paixão do início, tudo era uma chateação constante. Com o zero dois, isto é, o sucessor, nosso colega de trabalho, chifres e chateações; com o zero três, o convívio com o machismo e o ciúme patológico; no zero quatro, pegou um avião para São Paulo e lá ficou com ele até perceber as loucuras do cotidiano de trabalho dele, em correrias, perdas e ganhos de deixar qualquer pessoa pirada. Pequenas dízimas escandalosas depois, em casos fortuitos e finalmente, o zero cinco com quem está em paz até hoje.
Amor é sorte. Diga de novo tia Rita Lee: "Sexo é escolha, amor é sorte". E não falo em sorte sem citar a minha outra amiga loira e toda poderosa, a única na história da humanidade a encontrar marido na balada. Ela estava triste, infeliz, no fundo do poço, porque o ogro gorducho desmanchou a relação e disse que estava "dando um tempo". Ninguém é burro o suficiente para não saber que o 'tempo' é o fim e na melhor das hipóteses, é deixar o outro em stand by para o caso do novo relacionamento não dar certo. Velha teoria aprendida com os homens, na Lei do macaco: "Não se larga de um galho antes de se estar firmemente agarrado a outro". Mas a belíssima loira conheceu o atual marido três meses depois de levar um kick ass, vulgo pé na bunda.
Hoje ela é humanamente feliz e o ogro gordo já deve ter visto o que perdeu. Perdeu, mano!
Mas no quadro geral das coisas, as pessoas até querem chutar longe as insatisfações. Porém, recuam por saber que a maré não está para peixe.
Chato isso: fica um bando de gente legal atada às pessoas erradas. Deste modo, as pessoas legais nunca vão circular entre si.
E ninguém aí seja ingênuo suficiente para achar que os feios estão sozinhos. Os ogros pegam geral, as mulheres perdoam barrigas, carequices, feiuras crônicas, narizes estranhos e cabelos esquisitos e isso vem de longa data.Vale notar que apesar de nós, mulheres, buscarmos o devido cuidado com a apresentação pessoal, a feias estão arrasando. Já disse isso antes: se vemos tantas mulheres feias grávidas, é porque alguém faz sexo com elas. Se há gente feia circulando no planeta, é porque veio da genética de gente feia - seja o pai ou a mãe. Logo, gente feia pega gente e não está sozinha.
Depois de relacionamentos que dão "dor-de-cabeça", é natural a gente comemorar a solidão - e quantas vezes eu disse aqui, que não há solidão pior do que a companhia de um homem sacana? disse e creio nisso.
Mas a gente quer, sim, um relacionamento. Um que preste. Se for para ser ruim, a solidão causa menos estragos.
Com o aperfeiçoamento dos vibradores, então, melhor se divertir com um artefato erótico inanimado que se move mais dos que certos seres humanos parados ou incompetentes, que mexem num clitóris como quem quer tirar mancha de tinta do sofá. Daí porque, em muitos casos, melhor ficar sozinha. Mas se puder aparecer alguém que tenha afinidade sexual, melhor ainda. Os complementos, como abraço, calor humano e interação realmente fazem falta - a longo prazo.
"A estrada é longa, o caminho é deserto" - e tomara que haja um lobo interessante por perto!
Mas o que concluo disso tudo é que as mulheres sabem se virar sozinhas. E em muitos casos, vale a espera pacientemente por alguém que valha a pena e, 'enquanto seu Lobo não vem', dá para se divertir. E se ele não vier, tem o caçador e outros personagens nessa história...

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Olhando esta foto,fiquei pensando...
    Não é incomum casais com grande diferença de idade, mas ainda sim, nos surpreendemos quando topamos com um na rua, no convívio. E aí num primeiro momento, temos a reação de associar a união aos interesses financeiros, sociais, a vida confortável. Colocamos a ganância como o critério utilizado por uma das partes.
    Já no segundo momento... bem... a gente considera que há existência do sentimento mas não descarta que infiltrado ali, esteja sendo armada uma arapuca.Fica sempre uma pulguinha atrás da minha orelha rs
    Quem nunca?! rs

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    1. Lógico que julgamos! As diferenças de idade no tocante a um homem bem mais velho estar com uma mulher mais nova são mais bem toleradas que os casos em que as mulheres mais velhas estão com homens mais novos: resquícios machistas. Porém, há casos explícitos de interesse financeiro - com sorte,dependência emocional explica o "disparate".

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