Louquética

Incontinência verbal

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Não serve para mim!


Nesses momentos de intensa crise interior, jogo fora o que não me serve, mas não sem um certo lamento diante daquilo que me parece uma perda.
Verdade é que não podemos perder aquilo que não temos, logo, eu deveria saber que não perco nada, mas me apego ao que não me pertence, penso, pretensiosa, que de alguma forma aquilo/aquele era meu, contrariando os sinais que a reailidade me dava.
Então jogo tudo fora.
Das coisas que não quero, algumas têm serventia para outras. Passo adiante.
Vejo em meu guarda-roupa umas peças que não uso, mas de que não me desapego. Não sei por que, se ficariam tão bem em outras pessoas, se fariam tão bem a quem delas necessita...assim se contrói a minha possessividade, eu acho.
Por outro lado, "migalhas dormidas do teu pão" já não me alimentam e eu aceito a sinceridade da fome, das necessidades...é que cansei da luta.
Passei adiante aquilo/aquele que não quero mais, mas ficou um pouco de dor, talvez porque o possuído não tenha manifestado a sua parte de apego pelo dono.
Dizem isso dos cachorros, que eles escolhem seus donos...(inconscientemente devo te considerar análogo).
Há um tempo, quando eu sofri por amor a um homem, eu disse com todas as letras que não aceitaria nada menos do que aquilo que eu merecia. E fiquei sem nada. Exceto, o meu orgulho.

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