Louquética

Incontinência verbal

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Sopa de Letras


Quem quiser que duvide que a vida imita a Arte!
No momento, lembro de Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade, pois que ao dizer que "João amava Tereza que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém (...)", vejo tão espantosa semelhança, pois que parece que a parte feminina do planeta resolveu amar (ou algo parecido) um dado personagem, homônimo, por sinal, do livro de Lima Barreto (Triste Fim de Policarpo Quaresma)e daí muitas amizades estão se desfazendo.
Então, muitas são as que disputam uma oportunidade por ali, com ele - e elas se engalfinham, ou destilam cinismos e exageradas atenções entre si. Até aí, tudo bem.
Meu problema particular é com a companheira do Açucarado rapaz: a julgar pela hostilidade com que me trata, se esquivando de responder aos meus cumprimentos, certamente vê em mim uma ameaça.
Este texto começou há uns dois dias e termina hoje, quando perguntei diretamente a ele por que ela me hostilizava, frente ao tira-teima desta última noite de viagem, quando mais uma vez ela não respondeu às minhas saudações.
Não faço a menor questão do contato, nem da amizade da referida senhora, mas não sou de engolir qualquer acusação indevida e ficar quietinha.
Perguntei diretamente a ele se por acaso aquilo se dava por ela julgar que eu flertava com ele.
Ele apenas me disse: "Sei lá, coisas de mulher!".
Seja coisa do que for, esclareci a ele e faria o mesmo com ela, que o tenho na mais alta estima e consideração e jamais fui licenciosa ou abri precedentes capazes de me incluir no rol das disputas.
Na sopinha de Letras, me sinto como X, profundamente ofendida, pois que o restante do alfabeto pode estar todo sob suspeitas e apresentar segundas intenções, mas podem excluir M deste páreo, desde já e para todo o sempre, sem riscos e sem equívocos!
Faço brincadeiras genéricas, mas meus colegas são apenas colegas assim como meus alunos são apenas alunos.
Eu é que se fosse jogar no ventilador comprometeria quem andou dando voltas em minha bicicleta, a olhos vistos, mas em cidade pequena, nada cabe e tudo se sabe, portanto, abafai em nome do Senhor!
Não fui acometida pelo menor interesse, por sentimentos outros que não os comuns ao convívio coletivo em relação ao personagem de Triste Fim de Policarpo Quaresma. E vocês aí que vão investigar para saber o sujeito oculto de todas estas orações intercaladas, lembrem bem que o que acompanha o nome dele é Coração dos Outros. E não meu! aliás, não vou fazer transplante e não me interesso nem pelo coração dele nem por nenhum outro.
Estou indignada, irada,ofendida, virada na..., como se diz por aí.
Lembrai-vos: esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, datas, lugares, pessoas e circunstâncias terá sido mera coincidência.
E para os desavisados segue a advertência de que aqui você encontra Verdades inventadas e Mentiras verdadeiras aos montes.

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