Louquética

Incontinência verbal

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O chamado do desejo


Olhem bem para a imagem: sim, é isso mesmo, os cafajestes estão em toda parte.
Tanto faz se você é linda ou um ser humano comum, filho de Deus. Se até o Obama...aliás, se até o Sarkozy, que é casado com uma deusa, está aí, de olho na carroceria traseira da outra moça...o que esperar dos demais?
Vi ontem, no Saia Justa, que a Teté Ribeiro lançou um livro sobre as Divas abandonadas.
Tem lá a Jakeline Kennedy, a Marilyn Monroe, a Maria Callas, a Sylvia Plath e um bando de mulheres acima do normal e fora da ordinariedade que, apesar do dinheiro, do poder, da fama, da beleza e de mil atributos, tomaram fantásticos foras.
Eu já falei que conscientemente sei que os desejos não cabem num relacionamento. Os desejos passam, os desejos mudam e outros desejos vem. Para homens e para mulheres, com a diferença que a mão pesada da cultura consegue deixar as mulheres com um superego vigilante e elas acreditam que não desejam mais ninguém além dos seus amados.
Hoje, quando fui entregar - FINALMENTE! HOSANA A DEUS E ALELUIA! - a metade de minha tese, excepcionalmente, esbarrei nuns heterossexuais, sendo uma parte deles conhecidos de meus amigos. Esse alvoroço de heterossexuais na ginecocracia era devido à proficiência do doutorado e do mestrado dos candidatos deste ano.
Meu amigo que lá estava agiu comigo como um cafajeste comum. Acho que é coisa da identidade coletiva (também eu, se estou com minhas amigas, falo mais porcarias do que um marujo de porto de quinta categoria).
Os demais cafajeste do bando se assanharam com as brincadeiras. Não foi nada de pornográfico, mas aquilo de fazer gracejos com decotes, de dar abraços maldosinhos, de dizer umas coisas ambíguas e elogiosas...
Depois de um tempo, ele lembrou que eu passo o maior sabão em amigo que esquece que, para mim, amigo é amigo mesmo, é algo perto de família e que eu me ofendo se aquele em que eu confio como amigo vem com conversas diferentes. Aí ele se tocou, mas aposto que deve ter dito gracinhas depois, quando eu saí.
Por conta dos gracejos, um daqueles raríssimos exemplares da tribo Papachana também se tocou que se ficasse de flertezinho descarado não iria a lugar algum comigo. Neste instante, o cafajeste vira cavalheiro: poxa, ele me arranjou uma cadeira, ele me ofereceu água, café, companhia...eu não gosto de desencorajar o cavalheirismo dos cafajestes, ainda mais este, que é fofinho. Bem, além de fofo é desafeto de Tatiana, que detesta ele... e como este não era meu amigo,tampouco era meu desafeto, aceitei o cavalheirismo, mesmo dispensando o café e a água (bastava a companhia). Acho bonitinho isso de se mostrar como o macho Alpha. KKK!Comigo funciona...ai a tarde acabou sendo divertida.
E como nem sempre as algemas do superego funcionam, na noite anterior eu tive sonhos maravilhosos com Thales, sonhos proibidos para menores de 60 anos...ah, que coisa!"E onde não queres nada, nada falta..." Sim, eu entendo o Obama. E o Sarkozy.

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