Louquética

Incontinência verbal

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Bem no Fundo da Política



Achei esta imagem da Mulher Pera, elucidativa: na campanha política, cada um joga com as armas que tem e explora seu lado mais forte. O dela é a bunda. E o que é que tem? tem tanto bundão na política mesmo...e tem tanta gente se imbuindo de discurso sério e elaborado e que, uma vez eleito,vai ter um comportamento obsceno...
Interessante também é observar que as mulheres frutas já estão meio fora da estação, para muitos até já apodreceram, sei lá do assunto - e para ser franca, da Mulher Melancia eu já tinha conhecimento, mas a Pera foi a primeira vez na vida que vi e ouvi falar... - mas lembro muito bem que já me chamaram de Mulher caquí, porque a fruta só dá uma vez por ano (poxa, como eu era pudica!).
E voltando à política, como sempre, a gente conhece uns tipos engraçados, com slogans tipo "Ruim por ruim, vote em Toicim" (quem deduziu que Toicim é apelido do candidato que certamente é um Toucinho mal pronunciado, acertou em cheio), com um naipe risível e com a ambição de ganhar futuros 15 mil reais no município sem efetivamente trabalhar.
Mas vamos ao círculo das coincidências: o feriado da Independência do Brasil é comemorado em 07 de setembro, isto é, nesta sexta-feira. O Dia Mundial do sexo é comemorado em 06 de setembro. Novamente a parceria entre sexo e evento político. Por mim, os dois dias seriam feriados, sendo o primeiro (dia 06/09 - olha só a data: 69 dá trocadilho claro) mais bem comemorado que o segundo.
Mas estarei aqui em casa, porque também pelas leis das coincidências, meu primo e mais dois amigos inventaram de construir seus projetos de pesquisa de mestrado e doutorado justamente agora. E eu intermedeio as coisas, tendo que ler, interferir e sugerir, porque os editais já abriram e o tempo é curto. Acabei um agora, por sinal. E minhas considerações finais continuam andando em círculos, por causa de três malditos parágrafos em que eu não consigo dizer o que quero dizer de uma outra forma.
Saí com as meninas no domingo - eu, num humor do cão, virada nas setecentas porque misturo tristeza e ódio e depois rezo para chegar em casa e chorar em paz, para que reste somente o ódio. E sempre dá certo - mas me diverti, sim.
Durmo mal se estou mal. Graças a Deus, dormi bem de ontem para hoje - sinal de que as coisas melhoraram.
Na noite de domingo a gente foi ao Teatro Jorge Amado, assistir a 7 conto. ´7 conto, sem formação plural, porque parafraseia a expressão baiana que é gíria para dinheiro. Antes houve a moeda conto-de-réis. Incorporou-se o "conto" no popular. Luís Miranda se aproveitou da carga semântica ambivalente do conto dinheiro e do conto narrativo para dar nome ao espetáculo estrelado por ele. Nesta noite, aprendi com uma personagem que ar comprimido é oxigênio em drágea...
E de resto, como na política, tudo é negociação.
Se saio para me divertir, sei que terei que fazer concessões e as faço.
Se na guerra o estado de exceção é declarado e é necessário ter estratégias, nas relações - a dois, a três, a quatro, a mil - não vale a pena fazer cavalo de batalha por coisa pequena. Então negocio, ignoro,suporto.
Claro que não é fácil aturar dormir de ar condiconado ligado, na noite fria, num quarto de hotel dividido por quatro, porque uma das amigas é calourenta. Minha rinite me incomodou e eu procurei um agasalho para me proteger.
Ter intenções de se alegrar e viajar ouvindo a marcha fúnebre ou um CD inteiro de um mesmo artista também não é lá agradável, mas a autoridade sobre o repertório do caminho é toda de quem é proprietária do carro. Não vou brigar por isso. Mas se não há concessões, há briga. E quero mais é sobreviver.
E para a sobrevivência política, nada melhor do que alianças: farei uma hoje à noite, no jantar com um candidato que eu jamais quis em meu partido...porém, ante a situação, preciso de estratégias que me garantam um melhor resultado. Não, isso não tem a ver com ganhos, dinheiro e coisas correlatas: tem a ver com estratégia de sobrevivência.
No campo amoroso também é assim: parcerias, alianças e algumas falcatruas. Como Dr. House declarou, "O sucesso de um casamento depende da mentira". E como minha sinceridade não trouxe bons frutos, vou mudar de estratégia com o meu eleito.

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