Louquética

Incontinência verbal

domingo, 4 de novembro de 2012

Adendo ( que mala!)


Olha, por falar nisso de nem parecer que fui eu que escrevi, olha ali abaixo o que eu falo, na dissertação, sobre o poema que citei no outro post! Caramba, eu li Hegel um dia! eu li mesmo! Olha, eu até pensava!e eu tinha uns 5 neurônio nesse tempo! e isso foi há seis anos atrás...

Por fim, a viagem de que fala o poema parece também representar a vida (curta), em suas dificuldades mais relevantes (caminhos estreitos). Deste modo, o poeta, diante da veracidade e da certeza da morte (uma outra viagem), reclama uma leveza – a ser alcançada na solidão - para aliviar todos os fardos da existência. Há uma aproximação entre as palavras do poeta e as considerações de Hegel no prefácio da obra Fenomenologia do espírito, conforme podemos observar:

"De um lado, é preciso suportar a extensão do caminho, pois cada momento é necessário, de outro é preciso parar em cada momento e demorar-se nele, pois cada qual é em si mesmo uma figura, uma totalidade individual..." (HEGEL. Fenomenologia do espírito. Prefácio)

Ainda nessa direção, vimos que em DIÁRIO DE BORDO exprime-se um pouco desta afirmação de Hegel no tocante às noções de temporalidade, vida e individualidade. As perguntas ontológicas/metafísicas mostram-se enquanto princípio histórico na passagem efêmera do homem pela vida e no sempre presente limiar entre a vida e a morte. Parar em cada momento dessa trajetória é tomar consciência da singularidade de cada um deles, pois não há repetição possível e o devir se afirma.

Pois é. Doei a dissertação ao MEC, ao site Domínio Público - meia dúzia de loucos já leram isso: "De só a sós: imagens da solidão na poesia de Iderval Miranda". Fosse lá meu ego grande e a dissertação compatível com o meu ego, não teria dado de graça, né?

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