Louquética

Incontinência verbal

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Olha o amor passando!


Tem umas criaturas que dizem e realmente acreditam que o amor não faz mal a ninguém. Ora, depende de quem seja o objeto amoroso. Amar uma pessoa ruim ou ter um amor não-correspondido já é, por demais, fonte de sofrimento que desmente a afirmação popular.
Minha amiga se desvencilhou de um amor ruim. Foi desvencilhamento mediante término de sentimentos, lógico, porque enquanto se ama, suporta-se os piores defeitos, suporta-se o insuportável e até posso dizer de minhas amigas aquilo que já disseram de mim: como é possível que a pessoa possa amar uma criatura daquelas? E 'criatura daquelas' abarca todo o rol monstrengos que aparecem na vida das minhas amigas e na minha: homem feio, sem formação cultural, com baixa escolaridade, sexualmente incompetente, arrogante, cafajeste, desrespeitoso, sustentado pela mãe, que mora com os pais, sem perspectivas profissionais, drogados, ensimesmados, egoístas, indecisos, covardes, viciados em qualquer coisa, aproveitadores e, para incluir também meus amigos gays nesta história, os dois adjetivos que mais acompanham os namorados de meus amigos: interesseiros e traiçoeiros.
Por tais perfis, penso como minha amiga recém-liberta das amarras afetivas: o amor realmente enfeitiça, porque depois que passa é que a gente percebe que esteve fora de si, dopado, anestesiado...
Recentemente vi meu ex e a manicure gorda que é atual namorada dele. Juro que me deu pena! Poxa, a gente se conhece há tanto tempo e por mais que haja desejo de vingança e dores-de-cotovelo, eu tenho pena por ele ter feito tão mal escolha, independentemente do quadro geral da moça, porque se ela é feia, gorda e cheia de filhos, significa que o amor dele por ela suplnatou todas estas coisas. Mas entendi ainda mais porque ele tem vergonha de mim. Tenho vergonha de ter amado um sujeito daquele. E isso me deixa estupefata: como é que eu pude amara aquele homem? E depois que passa o amor, parece que a gente constata que não estava intelectualmente capaz. Se eu amar de novo, vou pedir que alguém solicite minha interdição porque sei que estarei inapta para responder por mim, incapaz, privada de minhas faculdades mentais. E esta loucura  a gente só vê depois que os efeitos passam. Eu, que não bebo, queria saber se os bêbados percebem que estão bêbados... As pessoas, quando amam, não percebem que estão burras e cegas. Acho que é por isso que após o relacionamentos, quando temrinam, odeiam o par: é que dá raiva, né?
Eu tenho é raiva de mim, pelo tempo que ue perdi, pelo amor que eu desperdicei com umas figuras que são lamentáveis... Minha amiga A., estava aqui, dizendo o mesmo.
Mas falei do meu passado. Já passou. Nunca mais amei ninguém, mas estou feliz com o ficante, tenho tardes boas com ele, estar juntos ajuda meu bem-estar e eu não quero complicações nem amarras.
Amor, depois que passa, deixa uma ressaca!

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