Louquética

Incontinência verbal

sábado, 4 de fevereiro de 2012

"Forte eu sou, mas não tem jeito..."


Hoje é dia 04. Amanhã será dia 05. Depois, eu ficarei sem Tatiana, sem a minha amiga que eu tanto amo.
Acho que me sinto como uma mãe diante do casamento da filha, vivendo a tristeza porque ela se vai, vai morar longe, em outra casa, em outro lugar, apesar de saber que o correto é estar feliz pela felicidade do outro.
Por dentro tenho aquela alegria entristecida de ver minha amiga indo para uma boa universidade, realizando um sonho, sendo compensada pelos seus esforços e pela sua incontestável inteligência...Mas eu sinto falta dela desde já. Eu não gosto de pensar que talvez ela só volte daqui a um ano, mesmo que a gente se veja lá em Minas em meados deste ano; mesmo que resolvamos correr do aeroporto de Pampulha para o de Campinas em julho... é a minha amiga, quero ela perto.
Tenho um jeito insuportável de gostar de estar só, de ficar em paz...mas meu ficar só não significa que eu não quero quem eu amo por perto. Está bem que eu sou impaciente, que eu gosto de uma distância relativa que me permita estar a sós comigo mesma, que eu odeio casa dos outros e gente demorando em minha casa mas se eu pudesse segurava Tati, amarrava no pé da mesa e não deixava ela ir embora.
Isso não deve ser levado a sério: são os desesperos da saudade, são as palavras loucas que confirmam um grande amor fraterno por quem eu respeito e admiro. Quero mais é que ela seja feliz, que brilhe, que arrase, que conquiste mais coisas, que se esbalde em novas experiências... O resto é saudade mesmo! o cronômetro da saudade já passou a funcionar desde dezembro. Piorou em janeiro. Agora é essa chatice de que o dia em que ela vai já chegou, é questão de horas, de 72 horas.
Mais uma vez, a música se repete: "Forte eu sou, mas não tem jeito: hoje eu tenho que chorar!"

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