Louquética

Incontinência verbal

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Último Romance


Eu encontrei-a quando não quis
Mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pr'eu merecer
Antes um mês e eu já não sei

E até quem me vê lendo o jornal
Na fila do pão, sabe que eu te encontrei
E ninguém dirá que é tarde demais
Que é tão diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe, pequena

Ah vai!
Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém
A fim de te acompanhar
E se o caso for de ir à praia eu levo essa casa numa sacola

Eu encontrei e quis duvidar
Tanto clichê deve não ser
Você me falou pr'eu não me preocupar
Ter fé e ver coragem no amor

E só de te ver eu penso em trocar
A minha TV num jeito de te levar
A qualquer lugar que você queira
E ir onde o vento for
Que pra nós dois
Sair de casa já é se aventurar

Ah vai, me diz o que é o sossego
Que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
Eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar



Fica aí o Último romance, música dos Los Hermanos, porque acabei ficando nostálgica.
Eu e as meras coincidências: Leandro me deu uns CDs do Los Hermanos na época me que a gente estava juntos e a gente ouvia bastante essa música. O sujeito que está longe canta muito bem essa mesma música e, pela primeira vez na minha história tenho a mesma faixa musical compondo trilhas sonoras diferentes.
Perguntei hoje a Osman sobre essas coisas bobas dos porquês que explicam as coisas, que justificam as coisas, por que isso acontece comigo, por que ali e não aqui e blablablá... E ele, assim como eu, manifestamente não acredita em Destino e põe tudo na conta do Acaso.
Adoro o Acaso.
Não acho que nada está escrito em lugar nenhum, que nada há de premeditado na vida e que a força mais linda e mais terrível da vida é a imprevisibilidade.
Certo, acho que há consequências - que se cumprem ou não, que há responsabilidades, resultados e probabilidades, mas sob tudo isso, o Acaso e a Sorte. Tudo aleatório!
E o que mais me encanta no fato de não haver nada escrito é a possibilidade de que seja eu mesma a escrever ( e rasurar, borrar, escolher onde assinalar...). Haverá, pois, quem aleatoriamente interfira em minha escrita ou arranque minhas páginas, ou mesmo as ilustre, como acontece em qualquer acaso, por acaso.
Mas vou deixar de conversa e parar por aqui para ouvir a música e pensar em quem está longe, no tempo, nas distâncias e nos acasos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário