Louquética

Incontinência verbal

terça-feira, 1 de maio de 2012

Dando trabalho



Achei esta imagem num blog daqui de Feira e achei muito interessante, porque afinal estamos no dia 1º de maio, internacionalmene dedicado ao Trabalhador... e aí, nós, que empregamos os políticos, nunca percebemos que gratuitamente colocamos nas mãos de um sujeito o poder, o dinheiro, a influência e a fama. Gratuitamente, porque ele usufrui e não retribui.Na lei de causa e efeito, o Bem que fazemos não reverbera até nós.
Eis aí o prefeito de Feira de Santana, Tarcísio Pimenta, em sua mórbida semelhança com o personagem do político cínico e ladrão do programa humorístico A praça é nossa!
Vale o velho e desgastado trocadilho de que "Pimenta nos olhos dos feirenses é refresco!" para alguns, pimenta é um condimento agradável, mas para muitos...
E passando de pimentas, especiarias e afins para caso similar, apesar de meu encantamento com o Espiritismo, faz tempo que a Lei de causa e efeito não surte efeito em mim.
Não vejo as coisas boas retornarem a quem as pratica, vejo gente boa sofrer o mal sem, entretanto ter causado mal a outrem e hoje em dia eu ouço muito mais àquelas que indagam "Por que isto aconteceu comigo?". Pensamos sempre: para tudo há uma explicação. E isso não é mais do que uma maneira de provar que certamente cada um cava a sua própria miséria - não é não: o mal vem gratuitamente mesmo.
Acho que estou sisuda. Também estou cansada, porque voltei a escrever a tese e aí esse negócio de articular o pensamento dá muito cansaço, desgasta... Minha vida está me dando trabalho e está me cansando, está séria demais... em tão pouco tempo tudo muda!
Da mesma maneira como 48 horas em Lençóis viraram as coisas de cabeça para baixo - ou puseram de volta a cabeça no lugar - ultimamente tenho experimentado muitas reviravoltas.
Ouço os bons conselhos. Às vezes ouço os maus também, porque sei que sou uma pessoa difícil em vários aspectos, mas então Manoela me puxou a orelha para eu voltar a escrever, para adiantar a vida... E não sei que bicho me mordeu porque eu parei, fui pegar carona na vida do Outro Lá, dei acesso à minha vida e de repente fiquei remoendo as decisões a tomar, remoendo as angústias chatas que me pegavam até no momento de lazer e fiquei sobrecarregada de angústias.
Não sei escrever quando estou angustiada.
Tem gente que só escreve quando está na fossa. Não é meu caso: se o meu cachorro me morder; se minha avó me roubar; se meu affair me trair; se meu dinheiro acabar; se o cano entupir, se a luz faltar, olha,se tudo der errado, não consigo escrever uma linha sequer. Fico empacada como uma mula. E ainda tem a questão moral: não gosto de escrever sob pressão de prazos.
No momento o melhor é escrever, é o certo. Mas tem horas em que a análise parece que não sai do lugar. Tem horas em que eu me apago no que estou afirmando ou me perco numa citação e tudo isso por causa de alguns conflitos a resolver, coisas externas, problemas, antecipação de problemas, somatório de problemas e esta minha eterna pouca paciência.
Meu primeiro de maio foi isso: olhar a trabalheira que dá completar a sétima página do novo capítulo! isso é que é trabalho!

Nenhum comentário:

Postar um comentário