Louquética

Incontinência verbal

quarta-feira, 30 de maio de 2012

"Voar, voar, subir, subir": Sonho de Ícaro em versão nonsense



Tive uma noite atípica que não vou poder explicar em detalhes, cheia de altos e baixos - pelo menos, sem baixarias.
Acordei e voltei a dormir. E foi aí que as coisas se complicaram nos meus sonhos nonsense (neste caso, devo dizer que o sonho imita a vida , pois a minha é nonsense e se houver sentido, é o sentido obrigatório das placas de trânsito, porque não vejo sentido em nada): sonhei que eu estava num avião bi-motor com Djavan e Oswaldo Montenegro, indo para não sei aonde, dar aulas de não sei o quê.
A gente conversa pacas! - eu e o Djavan. Aí eu vi que o avião ia pousar de repente e perguntei se Djavan não tinha medo daquilo.
Ele me dizia que não, que estava acostumado.
E lá vai o avião pousando numa estrada de chão, que evoluía para uma estrada semi-urbanizada, com uns bodinhos no caminho e estudantes vestidas de jeans e camisetas brancas, a passar para os lados como quem desviava de um carro. Visão de caos e terremotos, mas os demais passageiros não se desesperavam.
De repente descemos do avião, já estávamos na cidade certa, eu vi meu orientador com um pedaço de bolo na mão e fui lá comprar um também.
De repente,parte II, eu estava em Vitória da Conquista, querendo comprar coisas e me perdia de todo mundo. Horas depois, me encontravam.
Daí emendava num outro sonho que era o de um balão sobrevoando o quintal de minha casa e perdendo altitude.
Eu, querendo ir lá socorrer o povo, joguei um short por baixo do baby dool mas, aí, o balão já estava voltando para a atmosfera.
Tudo tem uma razão apesar de ser nonsense: todo dia, 09h da manhã e mais duas vezes, à tarde, um bi-motor de propriedade de um circo que está aqui em Feira de Santana, sobrevoa a minha casa - e região - com um sistema de autofalantes estereofônicos.
Pelo menos isso, está explicado.
Djavan, contudo, me intriga por causa da letra da música que eu coloquei logo abaixo, porque não me sai da cabeça esse negócio de "viajar entre pernas e delícias", porque no mundo intelectual safadeza vira erotismo. Mas eu gosto dos dois - não tenho o menor preconceito. Falo aqui só por manobra semântica mesmo, para encher o saco.
Bom, acompanhem:

Cigano (Djavan)

Te querer,
Viver mais pra ser exato
Te seguir
E poder chegar
Onde tudo é só meu
Te encontrar
Dar a cara pro teu beijo
Correr atrás de ti
Feito cigano, cigano, cigano
Me jogar sem medir

Viajar
Entre pernas e delícias
Conhecer pra notícias dar
Devassar sua vida
Resistir
Ao que pode o pensamento
Saber chegar no seu melhor
Momento, momento, momento
Pra ficar e ficar

Juntos, dentro, horas
Tudo ali às claras
Deixar crescer
Até romper
A manhã
Como o mar está sereno
Olha lá
As gaivotas já
Vão deixar suas ilhas
Veja o sol
É demais essa cidade!
A gente vai ter
Um dia de calor...

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