Louquética

Incontinência verbal

domingo, 3 de abril de 2011

Para aquele lugar!


Há posicionamentos que a gente toma e que nos fazem parecer a mais arrogante, prepotente e convencida pessoa do Universo, mas é que as questões sempre vão além do que nos mostra a superfície. Assim é que eu nem sei que jeito dar para fazer com que a criatura possa entender que eu, de fato, não quero nada com ele, que eu não gosto dele, que eu não quero que ele ligue para mim e que eu não me importo nem um milímetro com nenhum dos planos que ele insiste em me contar.
A mensagem subliminar eu já havia passado há quase quatro anos, mas ele não entendeu. Alguns homens não entendem o que é desinteresse. Muitos interpretam um não, redondíssimo e claro, como se fosse um charminho que as mulheres fazem. Então eu já disse que gosto de outra pessoa, eu já inventei compromissos, eu já disse claramente que não queria nada com o sujeito, mas, ainda assim o idiota é besta o bastante para querer ser lembrado.
Na verdade, o convencido é ele, que não sabe conviver com uma resposta negativa, com um não claramente declarado – poxa, e estes, os caras assim, são muitos.
Era para ele perceber que, além de minhas palavras, minha eterna indisponibilidade expressa muito mais do que qualquer gesto ou palavra.
Já criei namorados imaginários para afugentar o sujeito, mas a obsessão dele é teimosinha, sempre espera por mim, para abusar da minha educação, para desafiar a minha paciência... Vai que tudo isso se resolva com um exorcista, não é?
Ele sabia perfeitamente que eu estava só, mas parece que não percebe que nem a pior solidão do mundo, nem o maior desespero de causa me fariam ficar com ele.
Só me resta mandá-lo ao mesmo endereço para onde andei mandado certas pessoas. Então, mais uma vez, estou providenciando o transporte específico, para não ter erro nem dúvida, pela Empresa PQP, do grupo empresarial **Taqueopariu S/A. Boa viagem!

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