Louquética

Incontinência verbal

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pausa para os dramas do cotidiano


Como eu costumo dizer,a realidade superou a ficção faz é tempo...
Algumas coisas que eu conto são repetitivas, mesmo sendo novas, porque repetimos erros, porque as pessoas se repetem, porque talvez nada se crie e tudo se "TRANSTORNE" e eu tenho amigos padronizados ou é a vida que é previsível.
Mas as coisas que eu tenho para contar superam qualquer drama de novela das oito - que aliás, as novelas das oito são eternamente repetitivas, mudando apenas de vilões e a identidade do casal protagonista. Ainda assim, rende que é uma beleza!
Lá vai: Não é que a minha amiga, feliz e separada - outra, viu? não é Manu, nem Léa - resolveu escorregar nos braços do ex, de pura brincadeira, e agora está grávida e depressiva?
Meu Deus do céu! ela está arrasada!
Não é somente estar arrasada, é perceber que estragou tudo mesmo, que está fazendo um retrocesso, que terá que vivenciar outros pesadelos.
Esta, por sinal, é uma das minhas amigas que não queria ter filhos.
A mãe e o marido decidiram por ela.
Então ela teve uma primeira filha e ficou transtornada.
Todo dia procurava conversar comigo, explicando que amava a filha, mas que mentalmente estava desequilibrada, que estava confusa, com medo de si mesma, querendo morrer, que não via sentido em nada, que não conseguia comemorar a maternidade.
Como mãe, um desastre: entrava em polvorosa com fraldas, brotoejas e nojinhos do bebê...ah, ela envelheceu uns 05 anos em 03 meses.
Aguentou o que pôde e se separou.
Depois de sair da gaiola e cantarolar, tomar banho de sol e voar entre outros pássaros na direção que bem lhe parecia conveniente,eis o escorrego e a situação. No caso, eles voltaram a morar juntos há uma semana, o que justifica o esconde-esconde, de vergonha da gente, que é amiga.
Com os meus amigos adventista, então, eis o dramalhão: ele e ela são amigos desde a infância.
Ele casou, ela também.
Ele se separou, ela também.
A amizade, a cumplicidade, as trocas de segredos, so contatos foram os mesmos de sempre.
Agora ele se declara a ela.
O problema é que ela tem uma vida mundana paralela, com muito sexo e diversão com homens variados, da qual ele só conhece parcialmente e, ainda assim, acredita em algumas lorotas que ela foi obrigada a contar para se preservar na igreja.
Ele é um cara excelente, mas é vigilante e ciumento.
Ela sempre quis ser amada, mas não quer perder as aventuras sexuais que a vida dupla lhe proporciona.
Mais ainda: ela sabe que com o mundo estando como está, Jeová não vai deixar de cuidar das mediocridades dos seres humanos, das guerras, dos roubos, da violência, dos vícios e de outros males para ficar na vigilância da vida sexual dela. Então ela reza a cartilha na congregação, mas na vida própria é outra coisa.
Eis uma pessoa que vive o menos neuroticamente os seus desejos!
O caso dele pode ser só isso: ascensão dos hormônios e dos desejos sexuais, confundidos com a paridade existente entre eles.
Ela sofre por isso, embora se lisonjeie e tenha permitido o beijo.
Em outro drama bem dramático, o eu drama pessoal: Poxa,por que os homens reagem tão mal ao fato de que gostamos de alguns deles apenas como amigos? o que há de degradante nisso?
Eu, ao contrário, me sinto ofendida e aviltada se alguém com quem eu já tive rolo, namoro ou afins não deseja sequer minha amizade. Putz! não dá para dar nome aos bois, nem para recontar toda a missa, mas estou nessa e estou triste para cachorro!
Além disso, estou doente. Estar doente e triste é um coquetel devastador.
Minhas amigas são tão legais! se eu pudesse resolver por elas e retribuir à solidariedade que elas têm comigo, ah, eu colocaria band-aid em todas as feridas.
É, minhas amigas, companheiras de praia, de festas, de pegações, de reveillons...estão mais enroscadas do que cabelo rastafári!

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