Louquética

Incontinência verbal

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Das coisas mais banais


Ah, meu Deus, não vou perder meu tempo com teorias e vou deixar os medos guardados atrás da porta, embora o certo fosse jogá-los porta a fora! fazer o quê, se sou humana?
Num dia a gente se desespera, num outro também, até que consegue rir das coisas, dos desesperos e das próprias dores, porque finalmente deixam de doer.
E hoje quem teorizou foi ele. E muito. Chamou Freud para conversar conosco - eu faço isso sempre, mas deixo Freud escondido atrás das cortinas.
Está engraçado.
Teorizamos até quando fugimos das teorias - impregnou em nós essa busca de explicação e essa forma de discutir as coisas como quem faz um Seminário ou como quem constrói um ensaio ou um artigo.
Ele é engraçado.
O silêncio dele também é engraçado, os desvios é que são irritantes, são feitos para ludibriar, para construir fugas retóricas e sofismas... fosse outro o meu namorado e lhe bastaria uma pinga...ou sexo, porque certos homens resolvem os conflitos amorosos aplicando algumas doses de sedução e de prazer...ou enrolando a gente com flores e palavras bonitinhas, coisas que fazem os cafajestes serem encantadores e o poetas se pensarem irresistíveis (é, não me curei deles ainda! águas que nunca mais beberei...).
E por falar em cafajestes...

Deixa que minha mão errante adentre atrás, na frente
Em cima, em baixo, entre
Minha América, minha terra à vista
Reino de paz se um homem só a conquista
Minha mina preciosa, meu império
Feliz de quem penetre o teu mistério

Liberto-me ficando teu escravo
Onde cai minha mão, meu selo gravo
Nudez total: todo prazer provém do corpo
(Como a alma sem corpo) sem vestes
Como encadernação vistosa
Feita para iletrados, a mulher se enfeita
Mas ela é um livro místico e somente
A alguns a que tal graça se consente
É dado lê-la.

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