Louquética

Incontinência verbal

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Muitas mulheres e um novo segredo


Vi uma reprise do Saia Justa,certamente de 2004 ou 2006, comemorativo aos 08 anos do programa do GNT, por estes dias, e me supreendeu a forma como tudo pegou fogo a partir de um questionamento externo às apresentadoras acerca do fato de que as mulheres não têm palavra.
Não vou entrar nesta querela.
Acho que tanto faz mulher ou homem, o caráter fraco é o que vai determinar ou não o cumprimento da palavra, dos acordos.
Em dias ainda mais recentes li ,numa das edições de uma revista de circulação nacional, uma entrevista da Mary Del Priori e fiquei pasma porque o assunto focalizava justamente o comportamentoo social político feminino, numa perspectiva que eu compactuo.
No Saia Justa apareceu o exemplo tão recorrente de coisas deste tipo: Uma certa amiga conta um segredo para a outra. A manutenção do sigilo, entretanto, dependerá da manutenção da própria amizade entre elas.
Sinto muito: eu concordo!
Várias vezes eu me assumo como pessoa vingativa mas, venhamos e convenhamos, as mulheres são vingativas. Apenas umas assumem e outras não, ou, até, não se reconhecem como tais.
Experimenta ver o que as mulheres fazem quando descobrem que foram traídas por seus pares?
Quantas mulheres transformam as batalhas judiciais por pensões e afins em meios de vinganças?
Quantas mulheres não usam os filhos como instrumentos de vingança, detonando a relação entre os pais e os filhos, negociando contatos e afetos entre eles?
Quantas melhores amigas avançam em flertes deslavados sobre o namorado, amigo, ficante, P.A. ou HDM da amiga?
Pelo menos digo isso baseando-me em fatos (SUR)reais, ao que me consta.
Mas, então, a Mary Del Priori declara que o feminismo não aconteceu para o Brasil e que nós, mulheres, somos patriarcais e machistas, reproduzimos os valores masculinos, enfim.
Estamos falando de uma estudiosa tarimbada no estudo sobre a História das Mulheres e que, por conseguinte, poderia ser tendenciosa. Ao invés disso ela decidiu olhar as coisas como realmente são.
Disse, ainda, a Mary, que nosso 08 de março não tinha motivos para ser comemorado, porque é preciso ver as coisas internas ao nosso país e também o contexto mundial. Em ambas as situações, os sonhos são os mesmos, as ditaduras de beleza, juventude e magreza continuam as mesmas e os parâmetros ainda são determinados pelos homens.
Há pequenos pactos entre as mulheres.
Há as raras que conseguem calar a boca e não multiplicar aquela dízima que todo mundo conhece: Ela é minha melhor amiga. Conto-lhe um segredo.Ela conta à sua melhor amiga. A melhor amiga da minha amiga cont ao segredo para sua melhor amiga...está feito o balaio.
Isso é tão patente que recentemente me contaram um segredo que não era da minha conta, por julgarem que o meu amigo houvesse me contado. A coisa foi tão forte que três pessoas diferentes comentaram comigo julgando que eu já soubesse aquilo que eu não sabia de todo, porque, afinal, todos os bons amigos contam os segredos uns dos outros.
Tenho este blog onde conto muita coisa, mas tenho meu diário, onde realmente ponho meus segredos.
Tenho segredos bem guardados com outras amigas. Bem guardados. Digo tanto pela confiança nelas quanto pela certeza de que elas têm tanto interesse quanto eu tenho no sigilo.
Tenho segredos dos outros porque, sem querer, dei o flagrante, surpreendi, sei lá: eles estarão eternamente, ad eternuum, guardados comigo. Eu nunca contaria. Eu não conto nem segredos de inimigos. Mas não é porque eu spou boazinha, é falta de interesse mesmo. Não me interesso e há coisas que eu preferia não saber...mas é como um imã: o acaso atrai os flagrantes...
Se os olhos são as janelas da alma, posso dizer que a sjanelas da minha alma têm dupla película fumê, porque não gosto de olhar para os olhos d etodo mundo, apenas para pessoas bem específicas, quase sempre as mais confiáveis.
Isso me dá um álibi e um respaldo bom, porque posso fazer cara de paisagem a tudo, ninguém poderá dizer com precisão se vi ou não vi, mas certamente pensarão que eu não vi, porque não encarei. Melhor assim.
E a sque são verdadeirmente amigas sabem que podem confiar porque geralmente digo o que penso, não sou muito de esconder o que eu penso, ponho a pratos limpos...quebro uns pratos, também, porque sou humana.
Não me venha falar na malícia de toda mulher, certo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário